Controles avançados aumentam estabilidade das máquinas de secagem da planta da Eldorado Brasil

Divulgação ANDRITZ

Os controles avançados OPP otimizaram as variações de processo na planta industrial da Eldorado Brasil, gerando maior estabilidade operacional, disponibilidade das máquinas de secagem e, por consequência, aumento da média de produção

O projeto realizado em parceria entre ANDRITZ e Eldorado Brasil é mais uma prova de como a implementação de controles avançados é capaz de otimizar processos industriais e elevar o nível de operação a outro patamar. Com o ajuste nas variáveis de controle, constatou-se melhoras no processo, como a diminuição na variação de peso das units produzidas e menos quebras por variações nas indicações de parâmetros.

O complexo industrial localizado em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, responsável pela produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, reduziu as variabilidades de umidade e gramatura, possibilitando maior estabilidade de processo para a área de Secagem. “Os ganhos em continuidade operacional e processo possibilitaram uma estabilidade significativa na umidade da secadora e como consequência, impactando positivamente, num aumento de produção em torno de 0,55%.”, relata Israel Júnior, Gerente Regional de Operações OPP da ANDRITZ.

Eldorado Brasil investe em mais eficiência para superar expectativas de produção

A Eldorado Brasil iniciou suas operações em dezembro de 2012. Inicialmente, o complexo industrial foi projetado para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose ao ano. Hoje, quase 10 anos depois do início das operações, sem nenhuma modificação no projeto original, a Eldorado produz cerca de 18% a mais do que previsto. “A planta possui elevada eficiência, com modelo diferenciado e compartilhado de gestão, e alta capacidade técnica de seus profissionais, cuidando, de forma exemplar, do ativo da empresa e da capacitação de seus times de trabalho”, festeja o Gerente de Produção, Ademilson Carlos Zeber.

Com a chegada do Metris OPP, a fábrica teve a oportunidade de melhorar ainda mais os controles que funcionavam de maneira satisfatória e atendiam às condições de processo. Na avaliação do Gerente de Produção, a inteligência diferenciada dos controles contribuiu para o aumento de eficiência da área de Secagem, reduzindo perdas e o tempo improdutivo.

Depois de “afinar” o processo, com incremento da disponibilidade das máquinas de secagem e aumento da média de produção, agora a meta é continuar a otimização. “Nosso objetivo é aumentar o OEE da área até 96%, e estamos confiantes de que esse avanço será possível com a somatória de todas as colaborações do time operacional e do time do Metris OPP”, comenta Ademilson.

 A busca constante por melhorias abre caminho para novas oportunidades de otimização

A equipe Metris OPP da ANDRITZ trabalha em conjunto com a Eldorado desde 2017. O trabalho começou com projetos de melhoria de processo na Linha de Fibras. Depois, na área de Caustificação e Forno e, por último, na área de Secagem.

“Naquele ano, iniciamos os estudos para definir quais malhas seriam trabalhadas implementando o controle avançado OPP. Definidas as malhas, foi realizado um processo criterioso para ajuste de sintonia das malhas. Após ajuste, ou alteração da lógica de controle, realizamos alguns bump test para definição de ganho para o controle OPP. A partir das informações obtidas, foi dado início à criação do primeiro controle avançado OPP na Eldorado, que foi o de gramatura”, lembra Giovane Paulo de Jesus, Especialista de Secagem da Eldorado Brasil.

Após a implantação de controles convencionais na Secagem, a área passou por uma revisão e criação de novos controles, sempre buscando melhorar o processo, seja por aumento de produção ou redução da variabilidade do processo. “Ambas as equipes buscando formas de trabalhar para o bem da Eldorado Brasil. O bom de termos uma equipe da ANDRITZ dedicada em nossa planta é que facilita muito esse pensamento e interação entre as equipes”, afirma Gabriel Caldato, Especialista de Inovação e Tecnologia da Secagem da Eldorado.

 Operador passa a ser gestor do processo com a implementação dos controles avançados

Após a revisão e melhoria dos controles, foram utilizadas ferramentas mais atuais, como a criação de sensores virtuais, lógicas mais complexas e maior quantidade de variáveis de entrada para a configuração dos controles.

“O processo na planta da Secagem era bom, mas exigia muita atenção do operador, ainda que os controles funcionassem. O operador tinha que realizar constantes intervenções no processo para minimizar o impacto das variações e manter a continuidade do processo. Dessa forma, o operador tinha dificuldade em acompanhar o processo como um todo, fazer seus relatórios e gestão do seu time”, analisa Giovane.

Até chegar ao controle de posição da folha no secador, a equipe passou pela criação do controle de umidade e de diluição de fundo da TMB. “Todos esses controles criados proporcionaram a diminuição no gap de oscilações das variáveis controladas, gerando maior estabilidade para o processo, contribuindo para que o Operador de SDCD passasse a operar menos, se tornando um gestor do processo, aumentando também sua disponibilidade para fazer a gestão da equipe”, constata o Especialista de Secagem.

O especialista OPP da ANDRITZ Heller Braga destaca que uma das premissas do trabalho é justamente a constante otimização do processo e performance da secagem, aplicando conhecimentos multidisciplinares às ferramentas avançadas e projetos de inovação. “O objetivo é chegarmos à aplicação do conceito de fábrica autônoma e que a pessoa que hoje ocupa a função de operador de painel se torne um gestor de processo, avaliando e melhorando as sugestões de tomadas de decisão de um sistema inteligente.”

Outro ponto importante para o sucesso do projeto é o cronograma e alinhamento das atividades, que foi realizado com muito profissionalismo de ambas as partes, com várias discussões técnicas para desenvolvimento e alcance de resultados. “Estamos alcançando resultados satisfatórios nos trabalhos desenvolvidos que a equipe Eldorado e Metris OPP tem feito em conjunto, como melhor controle nas variações de processo, gerando uma maior estabilidade e eficiência da planta. Através de novos controles, pretendemos alcançar cada vez mais a excelência operacional, gerando maior produtividade e segurança à nossa planta”, resume o Gerente de Secagem, Julio Cesar Arsênio.

 Equipe projeta uma planta industrial cada vez mais inteligente

Funcionário da Eldorado desde o início de 2020, Gabriel Caldato afirma com convicção que em todos os projetos ou revisões dos controles avançados que tiveram a necessidade de ajustes ou melhoria, foi possível alinhar as expectativas e resultados desejados. “Futuramente pretendemos chegar não só em controles que buscam reduzir as oscilações de processo, mas também que possam antecipar oscilações ou distúrbios, gerando informações, alertas ou sugestões para a operação, sempre pensando em melhorar e facilitar os trabalhos”, projeta Gabriel, Especialista de Inovação e Tecnologia da Secagem.

Esse projeto futuro, segundo Gabriel, poderá ser através de novos controles, melhorias nos já existentes ou até mesmo através do desenvolvimento de preditores, sensores virtuais dedicados para solucionar desvios ou problemas existentes. “Já foram iniciados alguns estudos nessa linha, e até já colhemos alguns frutos, mas ainda temos muitos estudos e projetos nesse sentido que estão em elaboração, além dos que ainda devem ser iniciados”, conclui.

O plano traçado por Heller e Israel junto com os colegas da Eldorado são bem claros e incluem a melhoria contínua dos projetos já implementados, otimização do rendimento da produção, otimização da pressão de vapor na secagem visando aumento de produção e aplicação dos Soft Sensors de Gramatura e Umidade de folha na MS2.

Na visão de Francisco Brasil Mattiazzo, Gerente de Inovação e Tecnologia, a Eldorado Brasil está otimista em relação ao uso de novas tecnologias. Segundo o gerente, estão sendo avaliadas oportunidades de aplicar o Metris OPP na área de Biomassa e Energia, além de uma revisão completa dos controles das áreas de Linha de Fibras e Caustificação. “Somos uma empresa que busca estar na vanguarda no uso das melhores tecnologias para controle e otimização de processo, então toda nova tecnologia que a ANDRITZ apresentar será avaliada pelo time Eldorado. Se forem identificados ganhos, o projeto seguirá”, sintetiza Francisco.

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