As profissionais do escritório JADE Arquitetura e Design reuniram dicas e inspirações para salas de estar perfeitas para receber bem e, de quebra, ver um bom filme
Seja em apartamentos compactos ou não, ter uma sala de estar multifuncional, pensada para além de receber bem, é uma tendência – especialmente quando falamos de estares que são, também, home theaters. “Quando pensamos em um living com dupla função, precisamos levar em conta como a família gosta de receber. Assim, é possível fazer um projeto que preza pela funcionalidade, adequando-se às necessidades do cotidiano”, destacam as profissionais Ana Cristina Emrich e Juliana Durando, a frente do escritório JADE Arquitetura e Design.
Segundo a dupla, uma sala de estar que servirá também como home theater precisa, mais do que nunca, de uma atenção especial para o sofá. “Além de confortável e belo, ele deve ter um tecido prático para cuidar”, opinam. Uma boa alternativa são os tecidos de linho com poliéster na composição – o linho ajuda na sensação agradável ao toque, enquanto o poliéster traz praticidade na manutenção. “Se possível, fazer a impermeabilização do estofado também é uma boa pedida, evitando preocupações quando algum acidente com bebidas ou comidas acontece”, dizem as profissionais do JADE Arquitetura e Design.
Mas o cuidado com o sofá vai além do seu tecido – segundo Ana Cristina e Juliana, optar por um modelo retrátil ou reclinável também é uma ótima saída quando as salas de estar ganham função de cinema em casa. “Muitas famílias optam por sofás que possam ampliar a chaise para apoiar os pés e esse recurso é bem útil para transformar a sala de estar em home theater rapidamente”, dizem. A dupla indica modelos com linhas mais retas, almofadas com boa espuma e costuras mais discretas.
Escolhido o sofá, é hora de pensar em seu posicionamento em relação à televisão. “Existem algumas regras, mas é sempre necessário analisar o contexto de cada projeto. Tudo deve ser proporcional ao ambiente, deixando-o harmônico”, afirmam as profissionais do JADE Arquitetura e Design. Para conforto, o ideal é posicionar a televisão para que ela fique na altura do olho de quem esta sentado. A distância do sofá, por sua vez, leva em consideração o tamanho da televisão e, também, sua resolução. O cálculo é simples: basta dividir o tamanho do aparelho, em polegadas, por 12, caso a televisão tenha resolução padrão. Para aparelhos HD, a divisão deve ser feita por 18, enquanto televisões full HD devem ser divididas por 21. “Uma televisão HD de 36 polegadas, por exemplo, deve ficar a 2 m do sofá”, ensinam.
Conforto para todos os momentos
Independentemente se a sala de estar terá função de home theater ou não, algumas soluções aparecem para trazer conforto e praticidade para toda a família. Uma delas é a automação, que permite que luzes e equipamentos sejam facilmente controlados com um clique, mudando a cena do espaço. “É possível configurar todos os elementos para determinada situação. Para receber, o ar condicionado está em uma temperatura mais baixa, as luzes estão mais cenográficas e o volume dos equipamentos está pronto para criar um som ambiente. Se está apenas o casal, as cortinas se fecham, a luz fica baixinha e as caixas de som do home theater são acionadas para um som mais potente”, contam Ana Cristina e Juliana.
Por fim, o cuidado com a escolha de uma boa persiana completa o clima da sala de estar. “O blackout é essencial quando falamos de estares que fazem vez de home theater. Se for uma cortina de tecido, o ideal é instalar forro e tecido em trilhos separados. Dessa forma pode-se utilizar a cortina fininha para receber e a cortina com forro para assistir TV”, explicam. Para persianas, o ideal é escolher um modelo que também faça essa função de permitir entrada de luz ou vedar toda luz quando necessário. Também é possível mesclar e utilizar a persiana e a cortina de tecido juntas. “Cada uma cumpre uma função. A persiana serve como blackout, vedando toda a entrada de luminosidade, e a de tecido permite a entrada da luz filtrada, deixando o ambiente aconchegante, sem escurecer demais”, dizem.