Dados também são fundamentais para novos estudos sobre o crescimento das espécies, além de possíveis ameaças de extinção aos animais da fauna nativa. São informações que podem ser pesquisadas por ano, por município e espécie.
Os registros de crimes cometidos contra a fauna nativa agora são disponibilizados para consulta pública com a ferramenta “Fauna Vitimada em Números”. A plataforma foi desenvolvida pelo Instituto Água e Terra (IAT) dentro do projeto de desenvolvimento de novas tecnologias para promover a transparência dos seus serviços, pelo Programa i9 Ambiental.
Os dados também são fundamentais para novos estudos sobre o crescimento das espécies, além de possíveis ameaças de extinção aos animais da fauna nativa. São informações que podem ser pesquisadas por ano, por município e espécie.
Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest), Everton Souza, são registros no Paraná inteiro de crimes como atropelamento, maus tratos, tráfico, entre outros.
“Essas informações estão georreferenciadas e ajudam a tomar decisões a respeito de como proteger essa fauna e, caso seja vitimada, o que possamos fazer para recuperá-la e trazê-la novamente à natureza, a fim de que cumpra o seu papel dentro do conceito da sustentabilidade”, disse.
Os números foram levantados a partir de Autos de Infração Ambientais (AIAs) e Termo de Apreensão, Avaliação e Depósito (TAADs), emitidos pelo IAT. De acordo com o portal interativo, dos quase nove mil registros, o maior número de ocorrências se refere a cativeiro ilegal, com 7.435 casos identificados.
FAUNA VITIMADA – Entende-se por fauna vitimada aquela que tem a sua vida impactada por tráfico ou comércio ilegal, cativeiro irregular ou caça. Todos os animais nessas situações sofrem maus tratos e muitos chegam a morrer. Outros sobrevivem com graves problemas de saúde, necessitando atendimento clínico ou até mesmo reabilitação.
“Assim como em todo o país, tínhamos uma grande dificuldade no Estado do Paraná de termos locais para receber a fauna vitimada, como animais atropelados, por exemplo. Muitos ficavam depositados em escritórios regionais do IAT e o Estado tinha que arcar com as despesas de hospitais credenciados, além de alimentação”, explicou o diretor-presidente do IAT, José Volnei Bisognin.
De acordo com ele, essa realidade mudou com a inauguração de cinco Centros de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) e um Centro de Triagem e Atendimento a Animais Silvestres (Cetas). “Nesses três últimos anos, essas unidades trataram cerca de 10 mil animais. É uma coisa revolucionária e temos a pretensão de no ano que vem contar com 11 centros como estes”.
O novo portal com a base de dados da fauna vitimada se soma a esses serviços e permite, além da transparência dos serviços prestados no órgão ambiental, a realização de pesquisas sobre o tema. Outro objetivo é sensibilizar a sociedade paranaense sobre os crimes cometidos contra a fauna silvestre.
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