Vendas de motos cresce, mas qual é a melhor opção: consórcio ou financiamento?

São modalidades distintas para obter crédito e realizar o sonho de pilotar em duas rodas. Profissional da Honda Blokton cita as vantagens de cada uma

O crescimento no comércio de motos zero km em 2022 vem mostrando que o brasileiro tem optado cada vez mais por esse meio de transporte, principalmente pela agilidade e economia em relação ao carro. De janeiro a agosto, as vendas no país registraram alta de 18% comparado ao mesmo período de 2021. No Paraná, o aumento foi de 10%.

Mas muitos compradores ainda têm dúvida na hora de escolher entre financiamento e consórcio ao adquirir um modelo novo. Por isso, é necessário entender qual é a opção que melhor se encaixa às necessidades e disponibilidade financeira do piloto.

Ambas opções são modalidades distintas de se obter crédito para quem não pretende pagar à vista pelo veículo, mas possuem diferenças entre si. Os bancos e instituições financeiras dão uma mãozinha e ajudam a realizar o sonho de pilotar em duas rodas.

Para se ter uma ideia, atualmente cerca de 2 milhões de pessoas possuem algum plano de consórcio de motos, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Já em 2021, mesmo com a pandemia, houve um incremento de 17,6% no financiamento de motos sobre 2020.

Consórcio: sem urgência e juro zero

A compra da moto zero km via consórcio é indicada para quem planeja ter o veículo a médio e longo prazo, não quer desembolsar uma quantia de entrada e busca pagar parcelas pré-definidas que cabem no bolso.

Os valores das prestações são menores que as do financiamento e não há cobrança de juros, só a taxa de administração.

“O cliente que busca essa modalidade vai encontrar custo e risco baixos, menos burocracia e pode fazer um planejamento financeiro”, destaca Munik Maia, gerente de Administração de Vendas da Honda Blokton, maior rede de concessionárias de motos do Paraná.

A empresa comercializa 695 contratos de consórcio ao mês, em média. De janeiro a agosto de 2022, foram 5.557 cotas negociadas pela Blokton – um dos melhores desempenhos entre concessionárias de motos no Brasil.

A procura por consórcio, aliás, vem crescendo bastante. Segundo Munik, no último trimestre (junho a agosto), a participação de consórcio se igualou a de financiamento nas 22 lojas da Blokton espalhadas pelo estado. Cada modalidade absorve cerca de 30% das vendas, considerando zero km e seminovas.

“O restante é venda à vista e cartão de crédito”, diz. No caso de modelos novos, a aquisição por consórcio é maior: atinge 41%, contra 25% de financiamento.

Vale lembrar que o cliente precisa ser contemplado para receber a carta de crédito e retirar a motocicleta. Isso pode ocorrer rapidamente, ou então não acontecer até o fim do prazo do grupo.

Lance livre ou fixo

Há a opção de efetuar o melhor lance na assembleia (antecipação de parcelas) para liberar o crédito contratado. No Consórcio Honda, por exemplo, há duas maneiras: lance livre ou lance fixo. A previsão é de até 26 contemplações mensais, somando as duas modalidades.

“O lance livre funciona como um leilão, em que o cliente oferta o valor que quiser. Ganha aquele que oferecer a maior quantia dentro do grupo. Se esse grupo tiver um bom saldo financeiro, podem ocorrer mais contemplações por lance livre do que as inicialmente previstas no plano”, explica Munik.

Já no lance fixo todos os consorciados ofertam o mesmo valor percentual, no caso, 15% do valor do crédito. Ganha a cota que estiver mais próxima da que foi sorteada na assembleia. “Assim, garantimos que todos tenham chances iguais de serem contemplados.”

De acordo com a gerente, uma das vantagens desse modelo é que o cliente tem a possibilidade de concorrer, além do sorteio, ofertando um lance com um percentual mais baixo. “Isso aumenta as chances de ser contemplado na mesma assembleia”, observa.

Nos últimos 7 meses, o lance fixo representou 9,12% no total de contemplação da Blokton. Sendo 170 cotas por lance fixo de um total de 1.864 cotas.

Financiamento: moto entregue na hora

Agora se o desejo é já sair da loja acelerando a tão sonhada moto, então o financiamento é a melhor pedida. O cliente acaba pagando um pouco mais nessa modalidade, afinal ela vem acompanhada de taxas e juros.

“Quem busca o financiamento tem pressa de retirar o veículo e muitas vezes não possui o dinheiro para comprar à vista ou dar entrada”, observa a gerente da Blokton.

Munik explica que nesta modalidade é possível pagar uma pequena entrada para diminuir o valor das parcelas, ou, se o cadastro do consumidor for bom, financiar o bem integralmente, sem entrada. “As prestações são fixas e você sabe quanto vai pagar, além de retirar o veículo na hora”.

Parcelas que cabem no bolso

Na Blokton, as taxas de financiamento para uma moto zero km partem atualmente de 1,46%, com prazo máximo de 48 meses. Uma Honda CG 160 Start, por exemplo, teria parcelas mensais de R$ 582, com zero de entrada. Já no consórcio, com prazo máximo de 80 meses, a prestação ficaria em R$ 369.

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