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Diabetes: doença silenciosa acomete cada vez mais pessoas

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Imagem: Freepik

Um em cada três diabéticos não sabe que está com a doença

A cada 23 segundos alguém é diagnosticado com diabetes nos Estados Unidos. Já na América do Sul e na América Central, 32 milhões de pessoas, entre os 20 e 79 anos, já vivem com a doença. A estimativa é que aproximadamente 40 milhões de pessoas desenvolverão diabetes até 2030, e 49 milhões até 2045.

Um levantamento realizado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) para o Atlas do Diabetes aponta que nos últimos 10 anos houve um aumento de 26,61% no número de pessoas diabéticas no Brasil, colocando o País na sexta posição mundial.

O diabetes mellitus tipo 2 é uma doença metabólica crônica caracterizada por valores elevados de glicose no sangue; a hiperglicemia. O risco de desenvolver DM2 é três vezes maior para pessoas com sobrepeso e sete vezes maior para pessoas com obesidade, quando comparado a pessoas com peso considerado saudável.

A médica endocrinologista Daniele Zaninelli, explica que assim como ocorre com a maioria das doenças crônicas não transmissíveis – responsáveis por 72% das mortes no Brasil – o diabetes não aparece do dia para a noite. Na maioria dos casos há predisposição genética associada ao excesso de gordura corporal, especialmente visceral ou na barriga, e ao sedentarismo.

Segundo a endocrinologista, em cada três pessoas diabéticas, uma não sabe que possui a doença. Por isso, alterações, mesmo que discretas na dosagem do açúcar no sangue (glicemia), devem servir de alerta. “A descoberta de uma glicemia alterada não é sinônimo de que a pessoa desenvolverá a doença, especialmente se, ao invés de ignorar o resultado, a pessoa encarar a alteração como uma oportunidade de cortar o mal pela raiz. Quanto mais cedo providências forem tomadas, maiores as chances de prevenção da doença”, destaca a Dra. Daniele.

A perda de peso e a prática de exercícios físicos são as principais estratégias para normalizar a disfunção metabólica, evitando-se a instalação da doença com seus sintomas e complicações. Essas medidas podem ser suficientes para mudar o destino de quem tem predisposição à doença, e, além disso, ainda podem trazer outros benefícios como o controle dos níveis de colesterol e da pressão arterial, cuja presença indica maior risco de desenvolver tanto o diabetes como as complicações (retinopatia, neuropatia, nefropatia e problemas cardiovasculares – IAM e AVC).

A Dra. Daniele adverte que se a pessoa está acima do peso ou tem familiares com a doença, deve superar o medo e procurar um médico para avaliar se há risco de desenvolver diabetes. O diagnóstico é simples e pode ser feito com uma simples coleta de sangue em jejum. “Há muitas coisas que podem ser feitas para melhorar a saúde. A melhor hora é agora, destaca a endocrinologista.

 

 

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