Porto Ponta do Félix passa a utilizar zona de raízes para o tratamento de efluentes

 

Porto Ponta do Félix passa a utilizar zona de raízes para o tratamento de efluentes

A preservação da baía de Antonina – responsável por alavancar o turismo e a economia da cidade, localizada no Litoral do Paraná – tem sido o propósito de empresas e entidades que atuam na região. Neste sentido, o Porto Ponta do Félix – único terminal portuário em operação no estado, juntamente com o Porto de Paranaguá – desenvolveu um projeto de tratamento de efluentes que está contribuindo para o meio ambiente e a proteção da baía.

Todo o esgoto doméstico gerado pelo terminal está sendo tratado por uma estação com sistema de Zona de Raízes (ETE) – que utiliza um processo de filtragem física em brita e areia, constituindo um biofiltro associado a plantas, que formam a zona de raízes. No Porto Ponta do Félix, foram instalados quatro pontos de tratamento de efluentes distribuídos nos prédios administrativos e refeitórios.

“É um sistema que aproveita a capacidade que a própria natureza possui de auto-limpar-se. Temos por obrigação realizar o tratamento do efluente antes de destiná-lo à rede de drenagem do porto. Desta forma, estamos possibilitando que as plantas realizem esse tratamento de forma natural, sem dependermos de processos químicos”, explica o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan.

Como funciona

As espécies usadas no sistema de raízes são da família Junco, um grupo de plantas semelhantes às gramíneas que crescem, em geral, nos alagadiços.

Na prática, o tratamento do esgoto passa por duas etapas: a fossa séptica e a estação de tratamento de zona de raízes. As plantas complementam o trabalho de filtrar o material e as raízes retiram elementos em excesso presentes no esgoto e que são contaminantes ao meio ambiente.

Segundo o gerente de Infraestrutura Marítima e Meio Ambiente no Porto Ponta do Félix, Rhuan Antunes de Oliveira, as plantas fornecem oxigênio ao solo/substrato através de rizomas que possibilitam o desenvolvimento de uma população densa de microorganismos responsáveis pela remoção dos poluentes da água.

“O resultado é um efluente com menos matéria orgânica e sólidos sedimentáveis, o que evita a contaminação do local onde será lançado. Toda a água tratada e limpa pela Zona de Raízes pode ser devolvida à natureza sem prejuízos, evitando assim a sobrecarga de nutrientes aos rios e baías da região”, reforça Juan.

Vantagens e incentivo a iniciativa

Além do baixo custo para a instalação e manutenção, as estações são auto-sustentáveis e não produzem lodo, o que muitas vezes provoca o mau cheiro. Elas também ocupam um pequeno espaço e podem ser integradas ao ambiente.

A iniciativa vem sendo usada no Brasil com mais frequência desde a década de 1990 e pode atender pequenas comunidades, escolas e até residências.

“Um dos objetivos do Porto Ponta do Félix é incentivar boas práticas como esta em áreas públicas ou privadas para garantirmos a preservação da balneabilidade em Antonina, especialmente na região conhecida como Ponta da Pita”, conclui Birkhan.

Sobre o Porto Ponta do Félix

O Ponta do Félix, localizado em Antonina, se destaca no mercado com as operações especializadas e customizadas. Entre os produtos movimentados, estão a exportação de alimentos, açúcar, cereais, pellets de madeira e importação de vários insumos, como fertilizantes.

O armazenamento de cargas é em recinto alfandegado, permitindo a modalidade de entreposto aduaneiro. Para 2022, a projeção é um aumento em 30% na movimentação de cargas no Porto, o que permitirá ao terminal seguir sendo um grande gerador de empregos e renda no litoral paranaense.

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