Da maternidade à terceira idade: a vida de qualidade sob os cuidados do fonoaudiólogo

Celso Santos Júnior – Presidente Crefono3

Atuação do fonoaudiólogo aumenta qualidade de vida e bem-estar de pacientes (e familiares) de todas as faixas etárias

Você sabe o que um fonoaudiólogo faz? Muito além do senso comum, este profissional da área de saúde tem uma atuação que não se resume, simplesmente, a cuidados com os aspectos da fala e da linguagem. Obviamente que o aperfeiçoamento da comunicação oral é um dos pontos mais importantes do trabalho desse profissional, mas suas abordagens e técnicas são responsáveis pela melhoria das condições de vida e do bem-estar de pacientes das mais variadas idades – que vão desde os bebês prematuros até os idosos que sofrem de condições e doenças comuns à faixa etária. Neste mês especial, em que se comemora o Dia do Fonoaudiólogo (9 de dezembro), vale a pena conhecer um pouco mais sobre essa atuação.

“O campo de ação do fonoaudiólogo é muito amplo. Ele realiza avaliação, diagnóstico, prevenção, orientação, terapias de habilitação e reabilitação e aperfeiçoamento da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e de sistemas responsáveis pela deglutição, mastigação e respiração”, explica Celso Santos Júnior, do Conselho Regional de Fonoaudiologia da 3ª Região – PR e SC (CREFONO3).

São diversas especialidades, cuja variedade comprova essa amplitude de atuações. O profissional que cuida da motricidade orofacial, por exemplo, tem um importante papel na sobrevivência e na melhoria do quadro geral (e consequente alta) de bebês prematuros em UTIs neonatais. “O trabalho de habilitação do recém-nascido para que conquiste a habilidade de sugar, deglutir e articular esses movimentos com a respiração, é fundamental para que ele se alimente com autonomia, ganhe peso e crie condições para deixar o ambiente hospitalar”, explica Celso.

Durante o crescimento da criança, diversas funções contribuem (ou afetam) o desenvolvimento infantil. Dentre elas, algumas que podem ser aperfeiçoadas e corrigidas pelo fonoaudiólogo, tais como as relacionadas à capacidade auditiva, à linguagem oral e escrita e aos demais aspectos comunicativos da criança, intimamente ligadas ao seu ritmo de conquista de conhecimentos e socialização, ou seja, a todo o seu processo de aprendizagem.

Adultos e idosos também são foco da Fonoaudiologia, na medida em que a contribuição do profissional é determinante para a melhoria da qualidade de vida desse grupo quando envolvido em questões que afetam a audição, o equilíbrio, a fala, a linguagem, a deglutição e a voz, por exemplo. A disfagia é um dos principais distúrbios na alimentação, ao sinalizar alterações no ato de engolir alimentos, água e saliva. Essa condição, que pode ser reflexo de um trauma na cabeça ou pescoço, sequela de um AVC, demência, câncer, doença neuromuscular ou intubação orotraqueal prolongada (que se tornou mais frequente principalmente durante o auge da pandemia de Covid-19), tem tratamento que envolve uma equipe multidisciplinar, sendo o fonoaudiólogo responsável pelo diagnóstico e intervenção da disfagia, lidando com os problemas da deglutição e comunicação com técnicas e métodos específicos.

“Um dos campos que mais cresce na área é a especialidade da Fonoaudiologia do Trabalho, em que o profissional observa e detecta condições nos ambientes de trabalho que podem afetar o conforto e a saúde do empregado em relação a ruídos, perigos à foz e fala e outros aspectos. Nessa atuação, a mitigação de riscos à saúde é fundamental para que o exercício profissional seja pleno, seguro e responsável”, analisa o presidente do CREFONO3.

Conhecer a amplitude de atuação do profissional é algo que vai além da valorização do Fonoaudiólogo. É oferecer condições a toda a sociedade para que obtenha atendimento completo às suas condições de saúde, possibilitando vivenciar uma rotina prazerosa em todos os seus aspectos, independente da idade.

SOBRE O CREFONO3

O Conselho Regional de Fonoaudiologia – 3ª Região (CREFONO3), atuante no Paraná e em Santa Catarina, constitui, em conjunto com o Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa), uma autarquia federal. É responsável por zelar pelo cumprimento das leis, normas e atos que norteiam o exercício da fonoaudiologia, a fim de proteger a integridade moral da profissão, dos profissionais e dos usuários diretos.

Ao zelar pelo exercício regular da profissão, o CREFONO3 protege o fonoaudiólogo daqueles que exercem inadequadamente ou ilegalmente a profissão, além de proporcionar melhores condições para que a população tenha um atendimento adequado ao consultar o profissional.

 

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