Acolhimento pode deixar processo confortável nas primeiras semanas de aula, mas algumas lições praticadas ainda nas férias ajudam muito
Adaptação acompanha as mudanças do ano letivo: apoio escolar e dos responsáveis é fundamental
Depois de aproximadamente dois meses de descanso, estudantes de praticamente todo o Brasil já estão de volta à sala de aula. Mas as primeiras semanas pós-férias nem sempre são fáceis. Embora a dificuldade na adaptação seja mais comum entre as crianças pequenas, o medo, a angústia e as frustrações também acompanham outras fases da vida, tornando a ida para a escola um verdadeiro desafio, com a mudança de turma, de sala, de professores e de colegas.
Organizar a rotina, os materiais e manter uma boa alimentação é uma das sugestões que os professores do Colégio COC Beraldo, de Campina Grande do Sul, Paraná, recomendam para alunos e pais. A adaptação, afirmam, é um processo constante, que vai desde o primeiro dia de aula até situações novas que ocorrem ao longo de todo o ano letivo. Aos pais, cabe uma tarefa extra: reforçar as atitudes positivas dos filhos e ajudar na caminhada, tornando-a mais segura.
Difícil? Nem sempre. Os professores do COC separaram dicas para cada modalidade de ensino.
Educação Infantil
Uma rápida consulta aos sites de busca traz centenas de sugestões para pais e mães. Afinal, entregar o filho na escola e vê-lo aos prantos em poucos segundos não é uma cena agradável. Mas como amenizar os impactos com a mudança da rotina?
“Preparar as crianças para entrar nesse novo ritmo é importante. Vale, por exemplo, apagar as luzes, colocar um som de ninar agradável, fazer a leitura de histórias”, assinala a professora do Infantil VI do COC Janaína Maila. Ela destaca ainda que mesmo os pequeninos já podem começar a organizar seus materiais, e para isso é importante que o aprendizado venha de casa, com pais e familiares que oportunizem esses momentos. “Os alunos podem e conseguem entrar no ritmo escolar sem traumas. Isso depende muito da orientação da família sobre a importância do ambiente escolar”, acrescenta.
Ensino Fundamental I
Crianças de 6 a 11 anos, que estão nesse time, também precisam de orientações para estar na escola com determinação, sem medos ou angústias. Novamente, o processo começa bem antes do primeiro dia de aula e deve acompanhar o ano, especialmente nas primeiras semanas após o descanso. “Adaptar uma nova rotina e evitar muitos estímulos antes de dormir; estimular o senso de responsabilidade na criança, explicando sobre as vantagens de manter os materiais organizados diariamente; e manter uma alimentação saudável ajuda muito”, destaca a professora das séries iniciais do Fundamental Ângela Cristina Estefano Nobrega. Transmitir segurança, acolhimento e sinalizar nas conversas os pontos positivos da escola, dos novos amigos e do aprendizado faz toda a diferença.
Ensino Fundamental II e Médio
À medida que vão crescendo, os jovens estudantes ganham mais responsabilidades e autonomia. Em casa e na escola, é fundamental, conforme os profissionais do COC, preparar rotinas de estudo e de pausas. “Planejamento é o segredo”, afirma o professor Willian dos Santos de Brito, que leciona para turmas do Fundamental II e do Ensino Médio. Para quem está no terceirão, a palavra que define 2023 é “estudar”. “A hora é agora, e não próximo dos vestibulares ou do Enem. É preciso focar os estudos e as oportunidades que a escola disponibiliza para aprender ainda mais”.
Cuidando das Emoções
Especialmente desde a pandemia da Covid-19, estar na escola é tratado de modo especial. O isolamento de quase dois anos ainda deixa marcas e exige um esforço a mais de pais e professores. Crises de pânico e de ansiedade passaram a se tornar recorrentes entre crianças e jovens; alguns desenvolveram fobia escolar, ou seja, um desconforto desproporcional e duradouro pela frequência escolar.
Pensando em ampliar o suporte emocional, o COC Beraldo tornou-se parceiro de programas focados nessa dor. Com objetivos claros, a instituição almeja bons resultados na melhoria dos índices de aprendizagem, na redução da indisciplina, no aprimoramento das relações interpessoais e no aumento da participação da família na formação integral dos estudantes.