Por meio de esquetes críticas e de humor, o espetáculo teatral expõe alguns pontos sobre como funciona (ou não) a educação no país
O grupo de teatro independente, em atividade há 6 anos, criou o enredo do espetáculo a partir da vivência de diversos integrantes que também atuam como professores em diversas áreas, como Geografia, Design, Idiomas e Teatro.
Entre sucessos e fracassos, alegrias e frustrações, os personagens de Agridocência retratam alguns pontos sobre como funciona (ou não) a educação no Brasil.
“Além de parte do grupo ser composta por professores, quando paramos para pensar no novo espetáculo que queríamos criar, surgiram várias ideias baseadas nas nossas experiências e vivências. A gente sofre desrespeito, sobrecarga de trabalho, entre outros aspectos que mostramos na peça”, revela Mariane Rocha, atriz e também autora e produtora do espetáculo.
Entretanto, Agridocência não mostra apenas um lado da vida dos professores e alunos brasileiros. De acordo com Mariane, as cenas são repletas de humor e também mostram momentos de conexão e diálogo entre professores e alunos.
Uma mistura entre o humor da ficção e a acidez da vida real
Para o coletivo, a comédia Agridocência (em avaliação) cria um quadro de recortes de várias experiências reais e imaginárias. Um pout pourri de realidade e ficção com um toque de humor ácido.
George Bentley, um dos atores do espetáculo, compartilha que algumas das inspirações para o espetáculo surgiram de propagandas de escolas de idiomas, professores e personagens da vida real misturados com jogos de improviso.
Durante o processo de criação, o coletivo utilizou de ensinamentos e práticas de Augusto Boal, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional.
“Durante o processo, pegamos alguns ensinamentos e práticas do Boal para fazer um treinamento com os atores, principalmente para criar as cenas mudas. Essas práticas também ajudam a encontrar esses personagens porque tanto alunos quanto professores têm seus momentos como opressores e também como oprimidos”, comenta a atriz e iluminadora, Taynara Siqueira.
De que forma o aluno se relaciona com os professores? Como é o relacionamento entre os colegas? Quem são as demais pessoas que vivem no ambiente escolar?
Ao procurar respostas para essas e outras perguntas, a peça busca criar identificação com o público. Dessa forma, cada um, seja por parte do professor ou do aluno, pode relacionar as cenas com suas próprias vivências.
“O objetivo é mostrar essa dualidade da profissão docente”, finaliza a atriz e produtora, Mariane Rocha.
As apresentações acontecem no Espaço Cultural Espetáculo, localizado na Av. Sete de Setembro, 2620, sala 1, bairro Cristo Rei, em Curitiba/PR (sujeito a lotação). Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente na plataforma Sympla*, por R$20 (inteira) e R$10 (meia-entrada).
*Os valores não incluem as taxas de serviço da plataforma.
Serviço
Agridocência (em avaliação)
Gênero: comédia
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: aprox. 45 min.
Datas: dia 4 de março (às 20h) e dia 5 de março (às 17h e às 19h30)
Local: Espaço Cultural Espetáculo (Av. Sete de Setembro, 2620, Sala 1, Centr, Curitiba/PR)
Ingressos: plataforma Sympla a R$20 e R$10:https://www.sympla.com.br/produtor/espacoculturalespetaculo
Mais informações: (41) 99615-1887
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e produção: Mariane Rocha
Direção: o coletivo
Classificação indicativa: 14 anos
Elenco: Daniel de Mattos Keller, George Bentley, Mariane Rocha e Taynara Siqueira
Luz: Taynara Siqueira
Cenário e Figurino: o coletivo
Operação de luz: Elisan Correia
Operação de som: Guilherme Machado
Produção: Mariane Rocha
Design gráfico e Assessoria de Imprensa: ACCIO Comunicação Estratégica
Apoio: ACCIO Comunicação Estratégica, banda Iron Almeida, Espaço Cultural Espetáculo e Jess Oliveira.