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Projeto viaja pela história do Brasil com regravações de clássicos do samba

Projeto viaja pela história do Brasil com regravações de clássicos do samba 

“Desde que o samba é samba é assim” lança série de 20 vídeos com novas versões para clássicos do gênero e contexto histórico de cada composição

Uma viagem pela história do Brasil com novas versões em vídeo para clássicos do samba e uma verdadeira aula sobre o contexto de cada época acabam de ser disponibilizadas para os amantes do gênero espalhados pelo mundo. O projeto “Desde que o samba é samba100 anos de samba”, idealizado pela cantora e especialista na história do ritmo-símbolo da cultura brasileira, Luciana Worms, publica uma série de 21 vídeos com regravações de alguns dos maiores clássicos da música brasileira. O projeto brinda o público com um fino repertório que vai de “Pelo telefone” (1917), de Donga e Almeida, até composições mais recentes, como Talismã (2007), de Paulinho da Viola, Marisa Monte e Arnaldo Antunes.

VÍDEOS: acesse a playlist no Youtube aqui.

A idealizadora do projeto, Luciana Worms, lembra que a ação é um desdobramento do livro que escreveu com Wellington Borges Costa, em 2002, e que ganhou Prêmio Jabuti: Brasil século XX, ao pé da letra da canção popular. “O livro derivou das palestras que dávamos, nas quais contávamos a história do Brasil através da música, cantando canções que marcaram determinada época e que explicam, na maior parte do tempo, o contexto social, político e histórico. O livro é uma síntese disso”, explica a autora, que na época do lançamento deu inúmeras entrevistas, inclusive ao icônico entrevistador Jô Soares, no Programa do Jô.

Embora a inspiração do projeto tenha tudo a ver com o livro de 2002, Luciana conta que sua relação com o samba começou há muito mais tempo. “A questão do samba é o seguinte: eu canto samba porque só assim eu fico contente. Faço isso desde muito cedo. Desde criança, com meu pai, em São Paulo, com meus quatro anos, já cantava e ouvia muito samba antigo. Na época eu já ouvia João Bosco, Gonzaguinha, Chico Buarque. Geraldo Pereira, Wilson Batista, Ismael Silva. Com 10 anos, essas coisas eram completamente familiares”, lembra a artista.

Com seus 13 anos, começou a cantar na noite, mas sua carreira musical teve de ser dividida com os bancos universitários da Universidade de São Paulo (USP), onde cursou direito. Ainda durante a faculdade, se tornou uma professora famosa de curso pré-vestibular e descobriu sua vocação. “Nunca me achei cantora, sou uma professora que quer contar, transformar e mostrar que aquilo tem função na sociedade. Essa é a minha grande inspiração, não deixar que esses sambas sejam esquecidos e mostrar que eles contam muito além do que trata a letra”, sintetiza.

Samba antigo nos novos tempos

Embora a maioria das regravações seja de sambas antigos, o projeto traz uma preocupação sobre como falar a linguagem do público atual e atrair novos olhares. Como o audiovisual domina boa parte da disseminação de conteúdo atualmente, na internet, houve a decisão de apostar em gravações que incluíssem a imagem. “Na minha época, só de ouvirmos já era algo emocionante. Agora, há um apelo para o vídeo. E para tornar o material mais completo, incluímos também uma parte de contextualização, que vai além da canção”.

Palestras show e apresentação

“Desde que o samba é samba” é um projeto realizado com recursos obtidos via Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), com incentivo do EBANX. Além dos vídeos, o projeto prevê ações de contrapartida social com a realização de palestras-show em escolas públicas e um show de lançamento do álbum homônimo no Teatro EBANX Regina Vogue em março

“Acredito que essas músicas que escolhemos são algumas das que precisam ser um repertório para todo mundo. Precisamos levar para a escola pública esse tipo de coisa. O aluno da escola particular tem dinheiro para ir no show do Chico Buarque. Ele não vai porque não se interessa. O pessoal de escola pública não tem acesso. Tem que levar isso pra eles, para ser um diferencial. Para fazer a diferença”, reflete Luciana.

Ficha técnica

Direção Musical: João Egashira

Produção Musical: Alvaro Ramos

Direção de imagem: Antonio Spina Filho

Luciana Worms: Voz e pesquisa

Banda:

João Egashira: violão 6 cordas

Vinicius Chamorro: violão 7 cordas

Julião Boêmio: cavaquinho

Gabriel Castro: saxofone, flauta e clarineta

Luiz Rolim: percuteria

Sandro Guaraná: contrabaixo

Fábio Cardoso: piano

Ricardo Salmazo: percussão e voz

Captação e Finalização de imagens: Spin Filmes

Captação e finalização de áudio: Gramofone+

Mixagem e masterização: Vitor Pinheiro e Alvaro Ramos

Coordenação do projeto: Sarah Roeder Drechsel

Direção Geral: Alvaro Ramos

Marketing Cultural: Gramofone Produtora Cultural

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