Doença transmitida pelo mosquito da Dengue pode ser fatal para os cães; conheça os sintomas

Não deixe água parada. Uma recomendação que muitos já estão familiarizados como uma das principais formas de evitar a proliferação de mosquitos, entre eles o famoso Aedes Egypt, transmissor em humanos da Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Mas o que poucos sabem é de que essa precaução é fundamental também para proteger os cães de uma doença silenciosa e fatal transmitida pelos insetos: a Dirofilariose.

“No momento da picada, são liberados parasitas na corrente sanguínea, que se alojam no coração e no pulmão do animal”, explica a médica veterinária do Hospital Veterinário Batel,  Patrícia da Silva Conceição. Ela alerta que a doença, comum em cães domésticos, é mais comum no verão, pois é uma época propícia para a multiplicação dos mosquitos. “É normal que os pets frequentem praias ou áreas endêmicas com clima tropical e quente com seus tutores nessa época do ano, o que aumenta a chance de contrair a doença”.

A veterinária explica que, inicialmente, a doença causa tosse, fadiga, falta de ar, cansaço fácil e desmaios em casos mais graves. “Quando chegam na fase adulta, cerca de seis meses após a infecção, os parasitas começam aos poucos a obstruir a passagem de sangue pelos vasos do coração e do pulmão. Por isso falamos que é uma doença silenciosa. Com o desenvolvimento da doença, o animal começa a ter insuficiência cardíaca e respiratória, comprometendo outros órgãos como os rins e o cérebro, além do próprio coração, alerta.

Segundo ela, a prevenção é a melhor escolha. “O tratamento costuma ser eficaz caso o paciente seja diagnosticado em fases iniciais, para evitar o desenvolvimento de uma doença cardíaca. Caso contrário, a taxa de fatalidade costuma ser alta.” Por isso, Patrícia explica que tomar os cuidados para evitar a proliferação dos mosquitos já conhecidos para evitar o contágio da dengue são essenciais para proteger os pets. “Outra dica em locais com muita incidência dos insetos é a utilização de coleiras repelentes e anti-helmínticos, sempre com a supervisão de um veterinário”.

Além disso, a veterinária ressalta a importância de estabelecer uma rotina de consultas periódicas com um veterinário para fazer o famoso check-up no seu cão. “Esses exames de rotina, realizados pelo menos duas vezes por ano, vão permitir diagnosticar a doença em fase inicial, diminuindo significativamente o risco de morte do seu pet, além de ser uma importante ferramenta para preservar a saúde geral do animal”, explica.