Unido em prol de celebrar e se divertir com os hits do pagode dos anos 90, o quarteto mineiro Samba de Colher quer mostrar um novo olhar para o gรชnero, ainda muito associado ao masculino. Com uma interpretaรงรฃo รบnica e feminista, elas se preparam para lanรงar um EP com o single โPagar pra Verโ. O material foi gravado no Beco JF, mesma casa de shows que foi palco para a gravaรงรฃo da produรงรฃo em vรญdeo do EP, que serรก lanรงado posteriormente.
โโPagar pra verโ traz, para as pessoas que ainda nรฃo nos conhecem, a energia real do nosso show. Comecei a perceber que o nosso pรบblico – feminino, LGBTQIAN+ – fazia dos nossos shows um lugar de paquera. O resultado foi tรฃo positivo que atรฉ hoje me emociono. A galera firma na palma da mรฃo, entende a letra, canta para o crush e nos ajuda a levar o nosso som cada vez mais para novos pรบblicosโ, diz a violonista Tamires Rampinelli.
Completam o quarteto a cavaquinista Alessandra Crispin e as percussionistas Isabella Queiroz e Mariana Assis, todas responsรกveis pelos vocais. O EP visual, com mesmo nome deste primeiro single, buscarรก apresentar vozes femininas em uma plataforma de acolhimento e festa.
Criado em 2018, o quarteto rapidamente comeรงou a se destacar no cenรกrio musical de sua cidade natal, Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. No ano seguinte, elas apresentaram o espetรกculo musical Donas da Roda para contar e contextualizar a histรณria de mulheres que sรฃo referรชncia para o samba e o pagode. Essas referรชncias, misturadas com arranjos diferenciados que uniam as musicalidades de cada integrante, resultam agora no EP de estreia autoral do projeto.
O EP โSamba de Colherโ รฉ resultado de um projeto aprovado no PROGRAMA CULTURAL MURILO MENDES (PCMM) โ da Prefeitura de Juiz de Fora, gerenciado pela Fundaรงรฃo Cultural Alfredo Ferreira Lage โ Funalfa.