Início Vida e Saúde Febre chikungunya: Paraná segue em alerta contra contágio da doença

Febre chikungunya: Paraná segue em alerta contra contágio da doença

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Mosquito Aedes aegypti, responsável pelo contágio da febre chikungunya, também transmite dengue e zica (Foto – Envato Elements)

O momento é de alerta entre as autoridades de saúde paranaenses. A Secretaria estadual de saúde emitiu no início do ano um alerta avisando dos riscos de um possível surto de chikungunya no Estado em função da propagação da doença no Paraguai, país que faz fronteira com o Paraná a oeste. Embora o órgão estadual tenha trabalhado para lidar com o problema, é importante que a população local esteja atenta aos riscos e colabore combatendo focos dos mosquitos transmissores da enfermidade.

A febre chikungunya, que tem se tornado rotina nos últimos anos em algumas regiões, é uma doença transmitida de forma viral pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, ambos muito comuns no País. Originário da África, o aparecimento e propagação do vírus no Brasil é recente, com os primeiros registros médicos de casos confirmados apenas no ano de 2014. Os sintomas são semelhantes aos da dengue e zika, com o registro de dores articulares e musculares, febre, mal-estar geral, cefaléia (dor de cabeça) e náuseas. Eles normalmente se iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito transmissor, que adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, podendo transmiti-lo a outros indivíduos posteriormente.

O infectologista credenciado da Paraná Clínicas, Dr. Luiz Otávio da Fonseca (CRM-PR 39.666, RQE 23.253), explica que apesar das semelhanças com outras doenças transmitidas por mosquitos, conhecidas como arboviroses, a Chikunguya tem diferenças pontuais: “Ao contrário de casos de dengue ou zica, por exemplo, ela pode evoluir para uma forma de artrite ou artralgia crônica, causando dores intensas e persistentes nas articulações que duram até três meses após a infecção. Mesmo que a infecção já tenha sido curada, é comum que as dores crônicas nas articulações, joelhos, punhos e tornozelos se mantenham, sendo necessário em muitos casos um tratamento complementar medicamentoso e com fisioterapia prescrita por um reumatologista ou infectologista”, conta.

Ainda segundo Fonseca, na maior parte dos casos esta é uma doença autolimitada que irá durar aproximadamente uma semana e que vai evoluir de forma benigna, curando-se espontaneamente e sem nenhuma sequela. Mesmo diante dessa característica intrínseca ao vírus, os cuidados de prevenção são absolutamente necessários na medida em que não há como prever como os indivíduos irão reagir ao contágio. Logo, todos os cuidados de prevenção são importantes.

As medidas preventivas são as mesmas adotadas contra a propagação da dengue: eliminação de criadouros de mosquitos a partir da identificação de pontos que podem acumular água, tais como recipientes, garrafas, pneus, latas, pratos de plantas, entre outros, além do uso de repelentes e de telas de proteção em regiões com histórico frequente de contágio por arboviroses.

Aumento de casos

A Secretaria de Saúde do Paraná registrou em seu último boletim epidemiológico que o número de infectados confirmados no Paraná nestes primeiros meses do ano já chegou a 38 casos, números quase duas vezes maiores que os registrados nas primeiras semanas de fevereiro. O aumento reforça o risco de surto e contágio em massa em um período especialmente crítico para o controle dos mosquitos transmissores, que estão em seu período de reprodução.

Problemas de infraestrutura urbana como a falta de saneamento básico, acúmulo de lixo, e ausência de tratamento de esgoto favorecem a proliferação dos mosquitos transmissores, tornando regiões mais pobres especialmente vulneráveis à propagação da doença. A falta de informação e conscientização da população sobre medidas preventivas também é outro desafio às autoridades de saúde, que todos os anos investem em campanhas de conscientização para a população em geral.

Fonseca explica que apesar dos possíveis novos casos ocorrerem em maior número nas regiões mais ao oeste do Estado, todo o Paraná deve estar atento a possíveis focos do problema e adotar medidas de prevenção adequadas. “Precisamos estar em alerta constante e manter os cuidados necessários para controlar o vetor, o Aedes Aegypti. Nesses períodos de chuva podemos ter reservatórios do mosquito em casa, então devemos estar atentos e prontos para eliminar estes criadouros imediatamente”, conclui.

Sobre a Paraná Clínicas

Fundada em 1970, a Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na modalidade coletivo por adesão. Carrega a missão de cuidar com excelência de empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC – 24h; CIM Fazenda Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade Infantil – 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde. Mais informações em panaclinicas.com.br

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