A complexidade da trajetória literária e pessoal do escritor Wilson Bueno (1949-2010) é o assunto da reportagem especial da nova edição do jornal Cândido, editado pela Biblioteca Pública do Paraná. Paranaense de Jaguapitã, com mais de 20 títulos publicados, Bueno acaba de ganhar uma reedição crítica e comemorativa de seu livro mais celebrado, Mar Paraguayo, lançado há 30 anos. Uma obra considerada inovadora em termos de linguagem e temática — e que tem estimulado releituras a partir de tópicos atuais como identidade de gênero, fronteiras latino-americanas e a questão indígena.
“Mar Paraguayo trata, entre outros assuntos, de um indígena que vai se formando agora. Preocupado com sua ancestralidade, mas que se coloca diante de uma sociedade contemporânea. Hoje temos lideranças indígenas no Brasil, inclusive uma ministra. Há uma mudança de paradigma e o Bueno estava atento a isso”, afirma o pesquisador Adalberto Müller, entrevistado pelo repórter Hiago Rizzi.
Outros destaques do Cândido 135: conto de Taylane Cruz, ensaio fotográfico de Patrícia Pölz, poemas de Hilda Hilst, Rollo de Resende e Jericho Brown (traduzidos por Stephanie Borges) e a transcrição de uma mesa-redonda realizada durante a Festa Literária da Biblioteca Pública do Paraná (Flibi), em novembro do ano passado — “O Brasil de Desesperança” (com Tatiana Salem Levy, Lucas Lazzaretti e Christian Schwartz). A ilustração de capa é de Julien Guimarães.
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