Imunizantes previnem quadros graves da doença que pode deixar sequelas graves e até levar à morte
A meningite é uma das doenças que mais assustam, principalmente pais, mães e responsáveis por crianças que ainda não foram imunizadas. O principal motivo é a gravidade e as possíveis sequelas que a doença pode deixar, podendo, inclusive, levar à morte. Mas como identificar os sintomas e diferenciar a meningite de outras doenças menos graves?
Segundo a Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista do Frischmann Aisengart, pertencente a Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, os sintomas tradicionais das infecções são parecidos e incluem febre alta e dor de cabeça de forte intensidade. No entanto, é importante observar se a criança se mantém ativa ao suspeitar de meningite. “Uma criança com meningite fica prostrada, com sonolência e falta de apetite. Ela também pode apresentar náuseas e vômitos, rigidez na nuca e até mesmo crises convulsivas. Além disso, a presença de manchas na pele é um sinal de gravidade”, afirma.
“Com se trata de uma doença de rápida evolução, ou seja, os sintomas se agravam em apenas algumas horas, aos primeiros sinais, é essencial buscar ajuda médica”, orienta a especialista. A mesma orientação serve para adultos com esses sintomas. Entre as sequelas causadas pela doença, estão a perda da audição e visão, problemas com memória, concentração, coordenação motora, equilíbrio, aprendizado e fala, além de epilepsia e paralisia cerebral. “Por isso, a vacinação é tão importante”, afirma Dra. Maria Isabel.
A meningite pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos. Por isso, pode ser transmitida por secreções e gotículas de saliva, bem como a partir de objetos e ambientes contaminados. No entanto, os tipos mais graves são causados por bactérias e, para todos eles, existem vacinas, que são a melhor forma de prevenir a doença, e estão disponíveis no Frischmann Aisengart.
Tipos de vacina
Na rede privada, existem duas vacinas voltadas para a prevenção da meningite: a meningocócica ACWY, que protege contra as meningites e as doenças meningocócicas causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A, C, W e Y, e a meningocócica B, que previne a meningite causada pela bactéria meningococo do sorogrupo B. “Ambas podem ser aplicadas a partir do terceiro mês do bebê, mas também podem ser aplicadas em adultos que não tenham sido imunizados”, orienta a Dra. Maria Isabel.
No Sistema Único de Saúde (SUS), faz parte do calendário de vacinação infantil a vacina Meningocócica C, que protege contra a meningite causada pela bactéria meningococócica C. Na adolescência, entre 11 e 12 anos, é oferecida pelo SUS a vacina meningocócica ACWY. “A diferença entre a rede pública e a privada é que, realizando o esquema vacinal na rede privada, a criança está protegida contra cinco tipos de bactérias causadoras da meningite a partir dos primeiros meses de vida”, conclui a especialista.