sábado, 18 janeiro 2025
21.8 C
Curitiba

Dengue: retorno de cepas e surtos acendem alerta para aumento de casos graves da doença e trazem dúvidas sobre melhor momento para buscar atendimento

Brasil já registrou quatro casos de sorotipo 3, que não era diagnosticado desde 1996 no país

Depois de sete anos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou quatro casos de pessoas infectadas com o sorotipo 3 da dengue, um deles em Curitiba, no Paraná. Segundo a instituição, a doença foi importada, pois a pessoa diagnosticada havia viajado para o Suriname, onde pode ter contraído a dengue. Os outros três casos foram autóctones, do estado de Roraima, com pacientes que não tinham histórico de viagens.

Para o infectologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Bernardo Almeida, a volta do “sorotipo 3” acende o alerta para casos graves da doença. “A preocupação se dá porque essa cepa da dengue não era diagnosticada desde 1996 e a população já estava vacinada e imunizada para esse tipo. Com mais de uma cepa circulando, aumentam as chances de  reinfecção e incidência de casos graves, comprovados pelas oito mortes já registradas no Paraná.”

Fases da dengue

A dengue tem três estágios importantes que devem ser observados. O primeiro, chamado de febril, dura de três a sete dias e o principal sintoma é a febre, mas que vem acompanhada de dor de cabeça, no fundo dos olhos, vômito, dor no corpo, nas articulações e, eventualmente, manchas na pele. A segunda fase, conhecida como crítica, nem todos a atingem. Nela, estão as manifestações hemorrágicas, os sangramentos e o choque, que ocorre quando a pressão arterial cai a níveis críticos; dura normalmente três dias, mas pode se prolongar por mais tempo em pessoas que acabam internadas. A última fase é a de recuperação, que finaliza em dois ou quatro dias e é marcada pelo cansaço e pela fadiga.

“Em caso de suspeita de dengue, a hora certa de procurar um hospital é na segunda fase, que pode ser monitorada pelo paciente ou cuidador, e apresentar dor abdominal intensa, vômito persistente e sangramentos nas fezes ou gengiva, grande irritabilidade e mais sono do que o normal e ainda quando se tem queda na pressão mesmo deitado ou em pé”, explica o infectologista. “O tratamento é basicamente: medicações como antitérmico e analgésicos, além de hidratação”, complementa.

Destaque da Semana

Novas diretrizes sobre prevenção de AVC ressaltam riscos em mulheres

Documento cita a importância de monitorar o uso de...

Jovens que fumam “vape” têm pior desempenho em exercícios físicos

Estudo britânico mostra que tanto fumantes de cigarro eletrônico...

Receita esclarece que fiscalização do Pix não afetará autônomos

Nada mudará também para quem compartilha cartão de crédito Wellton...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Popular Categories

Mais artigos do autor