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Expoente da música flamenca no Brasil o curitibano Alê Palma assina a trilha sonora original de ‘Flamenco Para Todos’

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Expoente da música flamenca no Brasil o curitibano Alê Palma assina a trilha sonora original de ‘Flamenco Para Todos’
Na foto, o guitarrista flamenco Alê Palma, responsável por assinar a trilha sonora original de “Flamenco Para Todos” que será executada ao vivo nas apresentações. (Foto: Paulo Pomkerner)

O músico vai percorrer 12 cidades do Paraná com o espetáculo assinado pelo ator e diretor peruano Sandro Tueros

Expoente da música flamenca no Brasil o curitibano Alê Palma assina a trilha sonora original de ‘Flamenco Para Todos’
Na foto, o guitarrista flamenco Alê Palma, responsável por assinar a trilha sonora original de “Flamenco Para Todos” que será executada ao vivo nas apresentações. (Foto: Paulo Pomkerner)

Considerado um dos principais guitarristas flamencos do Brasil, o músico curitibano Alê Palma é o responsável por assinar a trilha sonora original do espetáculo “Flamenco Para Todos”, estrelado em cena pelo ator peruano Sandro Tueros. Entre os dias 04 e 28 de de maio, acompanhados pelas bailarinas Cris Macedo e Tânia Moruna, o quarteto faz a circulação do espetáculo “Flamenco Para Todos” por diversas cidades do Paraná, com entrada gratuita e acessibilidade em LIBRAS.

A parceria entre Alê e Sandro completa oito anos e será selada em uma temporada pelo Paraná com a apresentação de “Flamenco Para Todos” por 12 cidades ao longo de maio, em 15 apresentações que contam ainda com as oficinas gratuitas com o tema:  “Cruzamentos entre o Flamenco e Garcia Lorca: contribuições para a literatura”.

Em “Flamenco Para Todos” desde 2022, o espetáculo foi apresentado em diversas cidades e festivais com a realização pela ST Produções Teatrais, fundada por Sandro há mais de dez anos.

“O Sandro buscava um guitarrista e nos conectamos em 2015 e desde lá trabalhamos juntos de forma fluida, principalmente por levar o flamenco para outros escopos. Nós conseguimos elevar esta vertente teatral com a música e a dança”, consagra Alê Palma sobre a importância do espetáculo além da formação de plateia.

Desde 2010, o flamenco é reconhecido pela UNESCO como patrimônio imaterial da humanidade, porém a disseminação da cultura pelo país ainda é, segundo Alê Palma, antagonista mesmo que presente há mais de 60 anos.

“Eu vou me tornar musicólogo e o meu mestrado é intrinsecamente sobre o mito do flamenco no Brasil. A relação oral do flamenco é como comparar com o chorinho no Brasil, é um conhecimento tradicional e também folclórico. Porém, sem perder o purismo, o flamenco ainda é atirado ao mundo para um consumo elitizado, como é de fato na Espanha de uma maneira geral. Não há um movimento de conscientização cultural”, contrasta o guitarrista flamenco.

Para lá dos muros acadêmicos, Alê Palma fala com propriedade sobre a sua relação hispânica. Além de ter cursado aulas de guitarra flamenca na Espanha entre 2013 e 2014, na Escuela Carmen de Las Cueva, o instrumentista participou de eventos consagrados como o Festival de Las Cuevas del Sacromonte e também foi aos palcos do Salón de Plenos da Prefeitura Municipal de Granada e ao clube de jazz La Chistera, em Monachil.

“Morei dois anos em Granada, onde tive contato com inúmeros profissionais da música flamenca. Hoje, profissionalmente são 15 anos, mas Infelizmente, tem poucos músicos de flamenco no Brasil. Porém, nos últimos três anos eu tive a oportunidade de viajar muito pelo país trabalhando”, celebra.

Pela poética do avesso, Alê Palma foi ao desencontro da sua própria história consagrada nos últimos anos. O estopim musical foi durante a adolescência, e o tal do rock and roll era sua meta. (Foto: Divulgação)

“Sou músico desde os meus 13 anos. O meu sonho era tocar guitarra no Metalica. Fiz faculdade de jornalismo, tranquei e fui estudar música. Mas, às avessas, comecei pela guitarra ao invés de tradicionalmente pelo violão. E de lá, começou a fluir minha trajetória”, rememora.

Do Metalica, Alê Palma literalmente fez da clássica noventista “Turn The Page” – composição original de Bob Seger e lançada pelo álbum “Garage Inc.” em 1998 – um novo capítulo da sua relação musical. Atualmente, consolidado como guitarrista de flamenco, o músico trilhou desde a sua maturidade sonora a relação para administrar a própria carreira.

“Aos 18, trabalhei em uma escola de música e foi o que me levou a concluir a faculdade para ter uma graduação que possibilitasse eu ingressar ao mercado. Mas, fiz a transferência do curso de jornalismo para relações públicas para ter a abrangência em gerir a minha carreira enquanto músico”, desvenda o comunicador.

Desta bagagem, após as suas experiências na Espanha, em 2016 Alê Palma lançou o álbum “Paseo de Mis Sueños” (Alexandre Brown Palma Filho), com dez faixas, mas sem a pretensão de que o projeto fosse um cartão de visita. “Como eu não tenho essa relação com o ego sobre o preciosismo eu fui gravando, é um registro, um passeio”, confessa.

Outro projeto do artista é o Grupo Apuama onde o flamenco também está presente em releituras de diversas músicas influenciadas também por outras vertentes musicais. Com o Apuama, pelo SoundCloud é possível ouvir diversas canções gravadas por eles pelos últimos dez anos. Ouça aqui.

A partir das obras “El Romancero Gitano” (1928) e “Poemas Del Cante Jondo” (1931) de Federico Garcia Lorca, os poemas interpretados por Sandro Tueros, com a trilha original de Alê Palma, e as bailaoras – como são chamadas as bailarinas de flamenco – Cris Macedo e Tânia Moruna, o quarteto forma o elenco do espetáculo “Flamenco Para Todos”. (Foto: Annelize Tozetto)

Os poemas interpretados em cena originalmente em espanhol e legendados em português, propõe ao público uma viagem sensorial entre sotaques, tradição, música e claro, a sensualidade da dança flamenca.

Acompanhado pela guitarra flamenca de Alê Palma, o músico executa todas as músicas ao vivo,  unindo a construção melódica pelo ritmo do taconeo – como é chamado originalmente o sapateado flamenco.

“A poesia de Lorca é complexa, mas furar esta parede é imprescindível. Principalmente, quando o público tem acesso às obras e a cultura flamenca. Quando você tem a poesia, dança e o violão flamenco, não há como não ser impactado por esta rica junção autenticamente espanhola”, promove Sandro Tueros via assessoria de imprensa. (Foto: Divulgação)

Além das apresentações gratuitas, também será ministrada em cada um dos 12 municípios paranaenses a oficina sobre a relação poética de Lorca e a cultura flamenca, ambos com a entrada gratuita ao público. Os espetáculos contam com acessibilidade em LIBRAS.

“Flamenco Para Todos” será apresentado ao longo de maio em:  Rio Negro (04 e 05), Campina Grande do Sul (06), Palmeira (10), Mandirituba (11), Irati (12 e 13), União da Vitória (14), Telemaco Borba (18), Laranjeiras do Sul (20), Palotina (21), Guaira (24 e 25), Medianeira (26) e Assis Chateaubriand (28).

“Flamenco Para Todos” é um projeto realizado com incentivo do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura/PROFICE – Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná e com o apoio da Companhia Paranaense de Energia COPEL.

Para conferir os detalhes sobre a programação, acesse o site  https://www.stteatro.com.br/flamencoparatodos.

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