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Educação Física nas escolas: desafios e perspectivas

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Fabiana Kadota Pereira e Carlos Alberto Holdefer (*)

As aulas de Educação Física nas escolas públicas e privadas sofrem historicamente uma desvalorização curricular. Por muito tempo, conhecida como aula “especial” para muitos alunos e professores, a Educação Física é considerada disciplina de aula livre, quando os alunos são liberados para sair da sala e “tomar sol”, quando os professores liberam uma bola e deixam os alunos optares pela atividade do seu interesse. Por outro lado, podem ser observadas situações de alunos que não querem realizar as ações propostas, por inúmeros motivos. Há também a questão de gênero, meninos e meninas que preferem as atividades separadas, potencializando a “supremacia” masculina na maioria das atividades.

Esse cenário não é um recorte da década de 80 e 90, mas sim uma realidade que ainda podemos encontrar em alguns espaços escolares.

Sim, avançamos muito em alguns aspectos, com destaque para os profissionais comprometidos, leis e diretrizes atualizadas pelo poder público, Instituições escolares com conteúdo curricular bem definido, investimentos em materiais esportivos, tecnológicos e estrutura física para as aulas.

Entretanto, é comum encontramos alunos pouco interessados pelas aulas de Educação Física, sendo que seu foco é voltado à tecnologia, impactando em crianças com altos índices de sedentarismo, obesidade, ansiedade e com dificuldade de socialização.

No campo da docência, nos depararmos com profissionais de Educação Física, que podem ser denominados como “DDD” (Desmotivados, Despreparados e Desinteressados), o que causa grande prejuízo no desenvolvimento e aprendizagem dos estudantes, pois, influenciados pelo professor, a aula se torna uma extensão do recreio.

A Educação Física tem papel fundamental na formação de um indivíduo, pois promove desenvolvimento motor, cognitivo, psicológico e psicossocial. Para além disso, destacamos a formação esportiva, por meio dos jogos pré-desportivos presentes na escola e em clubes especializados. O trabalho desenvolvido pelo professor visando a formação integral de seus alunos, possibilita ampliar um repertório físico e esportivo que pode resultar em atletas de alto rendimento, sonho de muitas crianças brasileiras.

Uma boa vivencia de exercícios físicos na idade escolar pode resultar em adultos conscientes da importância da prática regular de atividades físicas como meio de promoção de saúde, qualidade de vida e convivência social. Sendo assim, justifica-se a necessidade de uma base conceitual e prática consolidada durante a formação acadêmica para um bom desempenho na profissão regulamentada da Educação Física.

(*) Fabiana Kadota Pereira é especialista em Recreação e Lazer e professora da Área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

Carlos Alberto Holdefer é especialista em Formação Docente para EaD e professor da Área de Linguagens Cultural e Corporal nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.

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