Início Vida e Saúde Fast food, frituras e os prejuízos à saúde digestiva

Fast food, frituras e os prejuízos à saúde digestiva

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O ritmo de vida acelerado faz com que muitas pessoas deixem de cuidar da saúde, principalmente quando o assunto são os alimentos consumidos no dia a dia. 

O excesso de alimentos industrializados somado ao estresse, fatores genéticos e vícios como tabagismo e alcoolismo sobrecarregam o sistema gastrointestinal, e assim o sistema digestivo acaba sofrendo as consequências.

Responsável pela ingestão, digestão e absorção dos alimentos, o aparelho digestivo desempenha importante papel para o funcionamento do nosso organismo, por isso necessita de uma atenção especial.

Renata Brandalise, gastroenterologista e endoscopista do Gastro Centro Curitiba, alerta para os prejuízos do consumo de embutidos e demais industrializados à saúde.

“Nas últimas décadas, aumentou-se o consumo de alimentos industrializados/embutidos, ou seja, alimentos que não são alimentos de verdade. Quando consumimos muitos alimentos industrializados, deixamos de consumir micronutrientes essenciais para o funcionamento adequado do nosso corpo, e aí as células cancerígenas encontram ‘espaço’ para crescer. Além disso, sabemos que carnes processadas e embutidos também são fatores de risco para o surgimento do câncer de cólon”, alertou a especialista.

A dica é não se automedicar

De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia, 20% da população global sofre algum tipo de problema intestinal e 90% das pessoas não procuram orientação médica, recorrem à automedicação ou não fazem nada para resolver o problema.

Segundo a Dra. Renata, existe um grande problema em adiar uma ajuda médica quando há suspeita de problemas intestinais, e mais problemas podem surgir quando o paciente tenta se automedicar.

“Como sempre em saúde, se automedicar pode ser muito perigoso. Algumas vezes, ao se automedicar, uma condição pode ser mascarada. Em outras situações, a automedicação pode acarretar até piora do quadro. Ou pode ainda não ter efeito nenhum sobre o problema a ser tratado. O ideal é sempre procurar um profissional especializado”, ressaltou a especialista.

Sintomas de doenças gastrointestinais

Dentre os sintomas mais comuns de doenças gastrointestinais estão:

– dor crônica ou recorrente na região abdominal;

– dor ou sangramento retal;

– prisão de ventre ou diarreia

– dificuldade na deglutição;

– náuseas e vômitos;

– distensão abdominal.

Câncer de intestino

No Brasil, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de cólon e reto é o terceiro mais frequente entre os homens, logo após o câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

“O câncer de intestino, ou câncer de cólon e reto, pode muitas vezes ser assintomático, principalmente nas fases iniciais da doença, quando a chance de cura é alta.  Por isso é tão importante a prevenção com a colonoscopia. Na fase avançada da doença pode ocorrer: dor abdominal e ou pélvica; sangramento nas fezes, perda de peso, anemia, obstrução intestinal, entre outros”, explicou a especialista.

Fatores de risco para câncer de intestino

Os principais fatores de risco para desenvolver câncer de intestino são:

– história familiar de câncer colorretal;

– obesidade;

– diabetes;

– consumo excessivo de carne vermelha ou embutidos;

– consumo excessivo de álcool;

– Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa;

– tabagismo.

Prevenindo o câncer de intestino

Se há fatores de risco – alguns controláveis, outros não, há também os fatores de proteção que podem ajudar a prevenir o desenvolvimento do câncer de intestino. São eles:

– alimentação saudável, consumindo frutas e vegetais diariamente;

– atividade física regular;

– dieta rica em fibras;

– níveis adequados de vitamina D.

Para Renata, adotando hábitos saudáveis e realizando exames preventivos, é possível manter a saúde digestiva em ordem, garantindo saúde e qualidade de vida.

“A busca por um estilo de vida saudável deve ser constante: alimentação balanceada, prática regular de atividade física, ter uma boa noite de sono e tentar reduzir o estresse e a ansiedade. Além disso, é importante realizar os exames adequados. A colonoscopia, por exemplo, deve ser realizada a partir dos 45 anos para rastreio do câncer de cólon. Durante a colonoscopia podem ser identificados pólipos e lesões pré-cancerígenas que são retiradas, evitando o câncer”, ressaltou a especialista.

A prevenção e o diagnóstico precoce são a melhor maneira de evitar complicações de qualquer doença. Na presença de sintomas, o recomendado é procurar um médico e evitar a automedicação.

Com informações: Ministério da Saúde e Organização Mundial de Gastroenterologia

Diretor Técnico do Hospital Otorrinos Curitiba: Dr. Ian Selonke – CRM-PR 19141 | Otorrinolaringologia

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