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Com o aumento do uso das bikes no país, saber compartilhar as ruas salva vidas

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Com o aumento do uso das bikes no país, saber compartilhar as ruas salva vidas
crédito:pixabay
Com o aumento do uso das bikes no país, saber compartilhar as ruas salva vidas
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O Brasil tem uma frota estimada de mais de 33 milhões de bicicletas, uma média de 16 para cada 100 brasileiros.

O mês de agosto marca a importância da conscientização sobre a segurança dos cliclistas no país. Dia 19 foi estabelecido como o Dia Nacional do Ciclista, já que lembra a morte do ambientalista, biólogo e ciclista brasileiro Pedro Davison, em 2006, depois de ele ter sido atropelado por um motorista alcoolizado enquanto pedalava em pleno Eixo Rodoviário da cidade de Brasília.

Com o aumento do uso das bikes no país, tanto para a prática de esporte como na mobilidade diária, é preciso focar em iniciativas que ajudem a salvar vidas e conscientizem todos os usuários das vias sobre respeito, gentileza e cooperação. Segundo Glaucia Pereira, especialista em mobilidade urbana do Multiplicidade,  o Brasil tem uma frota estimada de mais de 33 milhões de bicicletas, uma média de 16 para cada 100 brasileiros.

Dados divulgados pelo aplicativo Strava mostram um crescimento significativo em 2022 no uso de bicicletas para os deslocamentos diários, nas principais capitais do mundo. Paris foi a cidade líder, com 97% de crescimento, seguida pelo Rio de Janeiro (+62%). Um estudo anterior, de 2020, mostrou que os brasileiros pedalaram mais de 1 milhão de km e subiram mais de 13 bilhões de metros com bicicletas. Em média, as pedaladas masculinas tiveram 29,3km, enquanto as femininas 22,9 km.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, a estimativa é produzir 570.000 bicicletas até o final do ano. Esses números reforçam a importância de cada um fazer sua parte para que vias e rodovias sejam seguras para todos.

Quem pedala também tem regras a seguir

Pesquisa da Mobilize Brasil reforça que em ruas e avenidas é recomendado aos ciclistas que sigam o fluxo do trânsito, sinalizem com gestos as intenções de manobras e nunca pedalem colados aos carros. Mesmo tendo direitos previstos em lei – os veículos devem guardar distância de 1,5m de ciclistas, como descrito no artigo 201 do CTB -, evitar locais muito movimentados ou horários de trânsito mais pesado é o ideal. Outra recomendação é guardar o celular – se for usar algum app, prefira as orientações por voz. Para ouvir música, a maneira adequada é usar um fone que não fique no ouvido, mas nas têmporas, e que emita o som por meio de vibração, sem prejudicar a audição e entendimento do som que vem do ambiente.

Quem conduz uma bicicleta precisa estar atento e tomar alguns cuidados especiais sob condições adversas, como: chuva, aclives, declives, tipos de pavimentos, cruzamentos, buracos, pontos cegos de visão etc. Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, dá algumas orientações para tornar o trânsito mais seguro para todos. “Ciclistas precisam respeitar as leis de trânsito como todos os demais usuários. Quando houver ciclovias, ciclofaixas ou acostamento devem ser utilizados, obrigatoriamente, por quem pedala. Ao andar em grupo, o ciclista precisa estar sempre em fila única e, muito importante, nunca pegar carona na traseira de ônibus e caminhões. E máxima atenção, ciclista: calçada é lugar de pedestre, não de bicicleta. Conhecer e respeitar direitos e deveres é obrigação de todos”, completa.

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