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Paraná tem programa premiado para tratar de pacientes com diabetes

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Paraná tem programa premiado para tratar de pacientes com diabetes
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Sociedade Brasileira de Diabetes apoia iniciativa e sugere que outros estados implantem ações semelhantes a fim de evitar riscos causados pela doença

Um programa para intensificar o tratamento do diabetes criado pela Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (PR) foi um dos vencedores do entre os trabalhos apresentados no 34ª Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). O programa, que contou em sua concepção com vários profissionais de saúde, entre os quais o vice-presidente da Regional da Sociedade Brasileira de Diabetes, dr. Alexei Volaco, foi elogiado pela entidade, que sugere que ele seja estendido a outros estados. “É um programa de fácil implantação e que pode ajudar muitos pacientes”, diz o presidente da SBD, dr. Levimar Araújo.

Dr. Alexei Volaco explica que a iniciativa teve por objetivo intensificar o tratamento contra o diabetes nas Unidades de Saúde entre as pessoas de 40 a 50 anos que tiveram piora glicêmica durante a pandemia, seja porque não foram ao médico ou porque passaram a trabalhar de casa e, assim, ganharam peso. Fora as consequências da própria Covid-19. “A Secretaria de Saúde focou inicialmente nestas pessoas porque elas estão numa idade produtiva”, explica o endocrinologista.

Com esta definição, foram criados fluxos assistenciais que estimularam a interdisciplinaridade coordenada na assistência de pessoas com diabetes mellitus envolvendo médicos de atenção primária, enfermeiros, farmacêuticos e dentistas. Para obtenção destes objetivos foram realizadas também consultas remotas para monitoramento e consultas presenciais em horários alternativos. “No primeiro momento, foi constatado que 35% destas pessoas estavam com controle metabólico muito inadequado (hemoglobina glicada acima de 9%)”, conta dr. Volaco. Hoje, este índice é de 18%. Além disso, os que tinham controle ótimo (hemoglobina glicada abaixo de 7%) aumentou de 30% para 50%. Com o sucesso da iniciativa, o limite de idade das pessoas atendidas foi ampliado, passando a atender pacientes entre 40 e 60 anos.

Diante da simplicidade e da eficiência do programa, a Sociedade Brasileira de Diabetes sugere que outros estados façam programas semelhantes. “Esses cuidados vão evitar que as pessoas com diabetes corram riscos como amputações e neuropatias, por exemplo”, destaca dr. Levimar.

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