A radiocirurgia é uma técnica de tratamento usada em tumores pequenos localizados no cérebro ou no sistema nervoso central. O procedimento, considerado não invasivo, conta com altas doses de radiação enquanto minimiza a exposição ou acometimento dos tecidos sadios ou estruturas importantes próximas da região do alvo do tratamento.
Com a fusão de imagens de ressonância magnética e/ou PET_CT com a tomografia de planejamento, o médico rádio-oncologista localizará e delimitará a região a ser tratada. Após a realização do planejamento pelo físico-médico e sua aprovação pelo médico rádio-oncologista, o plano é exportado para a máquina de tratamento onde o paciente será posicionado. O processo permite tratar alvos em locais de difícil acesso com altas doses e em poucas sessões.
Segundo o físico-médico Paulo Cesar Dias Petchevist, do Oncoville, “com a radiocirurgia é possível tratar lesões em locais muitas vezes inacessíveis cirurgicamente, irressecáveis pela proximidade com as estruturas críticas ao redor da lesão ou quando os pacientes são inoperáveis pelo risco cirúrgico que representam individualmente”.
Onde pode ser usada a radiocirurgia?
. Para tratar lesões benignas ou alvos que não são oncológicos, tumores malignos e metástases.
. Lesões malignas: astrocitomas, glioblastomas e metástases de tumores primários de outros locais fora do sistema nervoso central.
. Lesões benignas: adenomas de hipófise, neurinoma de acústico (schwannomas), neurofibromas, meningiomas, malformações arteriovenosas, entre outras formas não malignas em que o uso da radioterapia tem efeito comprovado.
A radiocirurgia também pode ser empregada em locais fora do crânio, ou seja, extracraniana, que é conhecida como radioterapia estereotática ablativa (SBRT ou SABR).
Vale ressaltar que quando considerados todos os cânceres, os tumores cerebrais representam apenas 2% a 3% dos casos, mas respondem, segundo estudo de revisão, por cerca de 15% a 25% das metástases, que é o estágio mais agressivo da doença.