Contratos de exclusividade do iFood começam a se encerrar no próximo sábado (30)

Medida é parte de acordo entre o CADE e o iFood. Primeiros contratos a cair são os de empresas com mais de 30 lojas

Mudança no Ifood pode deixar empreendedores em dúvidas | Foto divulgação

O iFood, plataforma de delivery com maior participação de mercado no Brasil, firmou em fevereiro um acordo histórico com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para limitar as práticas de exclusividade com restaurantes. O julgamento no tribunal do órgão se deu em função de pedidos da Abrasel e de empresas concorrentes do iFood.

O acordo estabelece que o iFood deve encerrar os primeiros contratos de exclusividade com redes que têm mais de 30 lojas até este sábado, dia 30 de setembro. Essa medida visa promover a concorrência no mercado, permitindo que os restaurantes parceiros do iFood tenham maior flexibilidade para utilizar outras plataformas de entrega de alimentos. Além disso, o iFood terá de manter o volume de vendas (medido pelo número de pedidos e pelo tíquete médio) de parceiros exclusivos em 25%. E o limite de parceiros com contrato de exclusividade será de 8% nos municípios com mais de 500 mil habitantes.

“As regras do acordo do CADE com o iFood foram bem desenhadas, pensando em trazer mais concorrência para o mercado e, no futuro, também taxas mais baixas para os bares e restaurantes e preços mais competitivos para os consumidores. As medidas abrem espaço para um aumento positivo da concorrência, com o crescimento de outras plataformas e novos entrantes. Vale lembrar que as barreiras existentes até então contribuíram diretamente para a saída da UberEats e 99Food do mercado brasileiro”, diz o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

Outro ponto importante do acordo é que os contratos que estavam vigentes em 15/02/2023 entrarão em quarentena de 1 ano (ou seja, deixam de valer por um ano) a partir de seu encerramento ou a partir de 14/02/2024 – o que ocorrer antes. A exceção para a quarentena só é permitida quando o iFood fizer investimento (por exemplo, ajudando na construção de novas unidades) e com aumento garantido de mais de 40% de vendas na plataforma, isso acima do crescimento do mercado no ano anterior.

Aumento nas taxas

Com o fim do prazo para adequação do iFood às regras impostas pelo CADE, alguns estabelecimentos sinalizaram que têm sofrido certa “pressão” para manter os contratos de exclusividade – uma vez que, fora dele, as tarifas repassadas pelo aplicativo aos estabelecimentos tendem a subir.

“Temos observado que estabelecimentos independentes que tinham contrato de exclusividade com o iFood estão sendo pressionados, já que ao sair do ambiente de exclusividade, a taxa chega a subir de 5 a 7 pontos percentuais. Isso representa um aumento de 30 a 40% nas tarifas, que sobem de 17%, 18% para 23%, nova tarifa padrão do iFood”, afirma Solmucci.

Quando o transporte não está incluso, normalmente há um aumento de 9% a 12%, representando um aumento de 33% na tarifa padrão”, completa Solmucci

Destaque da Semana

Cadeias Produtivas de Ribeirão Preto recebem reconhecimento no Programa SP Produz

As Cadeias Produtivas Locais (CPLs) de Software (PISO) e...

Forró da Lua Cheia agita o feriadão em Curitiba

Edição de novembro, que acontece nesta sexta (15/11), é a...

Jovens acima dos 18 anos podem fazer curso gratuito de cibersegurança

O Santander Universidades inaugura a segunda edição do Santander...

Superprodução Garimpeiros do Rock reúne lendas do Rock e rockstars do futuro

Reality show busca, ao longo de 11 episódios, os...

Artigos Relacionados

Destaque do Editor

Mais artigos do autor