Início Geral Paranaenses trocam investimentos ultraconservadores, mas não deixam a renda fixa

Paranaenses trocam investimentos ultraconservadores, mas não deixam a renda fixa

0
Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil

Investimentos ultraconservadores perderam espaço na carteira dos aplicadores paranaenses neste primeiro semestre do ano. Levantamento realizado pelo Santander Brasil no Paraná mostra que títulos públicos, fundos DI e até a poupança cederam espaço para opções como Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs). O estudo compara os investimentos realizados pelos clientes entre janeiro e junho de 2023 ante o mesmo período do ano passado. Os números acompanham o cenário nacional, que registrou movimento similar.

No Paraná, a renda fixa – que engloba CDBs, LCI, LCA e LIGs – foi a categoria que mais cresceu no período: 15%, saltando de 34,57% do total da carteira dos investidores no primeiro semestre de 2022 para 39,92%, de janeiro a junho de 2023. Outra categoria que também registrou crescimento no período foram os Certificados de Operações Estruturadas (COEs), que avançaram 42%, em 12 meses, ainda que sua representatividade seja bem menor que a da renda fixa: quase 4% do portfólio ao fim de junho deste ano.

“Os dados revelam maturidade dos investidores dispostos a correr um pouco mais de risco – além de uma menor liquidez – em troca de maiores retornos. Tudo isso sem renunciar à segurança oferecida pela Selic ainda em patamares bastante altos”, afirma Leonardo Siqueira, head de Investimentos do Santander Brasil.

Os outros investimentos mais conservadores como o Tesouro Direto e fundos de renda fixa, incluindo os fundos DI, ficaram menos atrativos aos olhos dos investidores: os aportes recuaram 7% e 17%, respectivamente. Outras categorias que também registraram queda nos aportes foram os fundos multimercados, crédito privado e cambiais, que passaram de 7,60% para 5,19% do total do portfólio; fundos de renda variável, que recuaram de 1,62% para 0,98% do total; previdência, de 34,17% para 33,40%; além dos ativos de crédito privado de 0,97% para 0,80%; e ações, ETFs e fundos imobiliários, cuja participação na carteira caiu de 4,07% para 3,56%.

Até a caderneta de poupança, considerada o investimento preferido dos brasileiros, perdeu espaço, passando de 17,55% do total do portfólio em junho de 2022 para 15,99% em junho deste ano.

SEM COMENTÁRIOS

Sair da versão mobile