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Conscientização para o controle do câncer de mama no Outubro Rosa alerta para cuidados com outros tipos da doença

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Terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina, o tumor de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano; vacina do HPV pode ser tomada por mulheres até 45 anos e garante 90% de eficácia

O estado do Paraná deve registrar 36.900 novos casos de câncer, anualmente, no triênio de 2023 a 2025, totalizando mais de 110 mil ocorrências, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).  O Outubro Rosa alerta para os cuidados e, principalmente, prevenção desse tipo de câncer, mas traz também o olhar para a prevenção e cuidados com outros tipos da doença.

Segundo a Agência Brasil, o câncer no colo do útero foi responsável por 6.627 mortes no Brasil, em 2020. A estimativa do Ministério da Saúde é que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV). O HPV é uma das IST’s (infecções sexualmente transmissíveis) mais recorrentes no mundo, afetando cerca de 80% as mulheres sexualmente ativas e sendo responsável por quase todos os casos de câncer de colo do útero no mundo inteiro. A transmissão do HPV acontece via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital.

Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o HPV para crianças e adolescentes como forma de prevenção para os tipos de vírus 6, 11, 16 e 18, os mais frequentes entre a população, porém, os números da vacinação no pais estão longe de serem os ideais. O Ministério da Saúde aponta que, em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, os números também são preocupantes: a cobertura vacinal caiu de 61,55% em 2019 para 52,16% em 2022.

Este ano, a nova vacina que protege contra nove tipos de HPVs chegou nas clínicas particulares. Segundo a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira, a nova vacina, chamada Gardasil 9, protege contra mais cinco tipos de HPVs – superando a quadrivalente, produzida pelo mesmo laboratório – oferecendo 90% de proteção contra o câncer de colo do útero, além de proteção adicional contra câncer de vulva, vagina, anus, lesões de alto e baixo grau e verrugas genitais causadas por HPV. “A vacina é indicada para homens e mulheres de 9 a 45 anos. Quem já recebeu o imunizante quadrivalente anterior, também pode se vacinar com a nonavalente para garantir uma cobertura mais eficaz, porém ela só deve ser aplicada um ano após a conclusão do esquema vacinal anterior”, afirma, lembrando que pacientes que já tiveram HPV também devem se vacinar, reduzindo assim as recidivas e novas infecções.

“O esquema vacinal e número de doses é o mesmo da Gardasil quadrivalente; de 9 anos até 14 anos, são duas doses com intervalo de 6 meses até no máximo 12 meses; após os 15 anos de idade, o esquema é de 3 doses”, explica Kátia. “Todas as pessoas acima dos 9 anos, imunodeprimidas por doença, em tratamento ou que já tenham sido diagnosticadas com HPV, podem e devem receber todas as três doses do imunizante. A vacina só é contraindicada em caso de gravidez ou caso tenha alguma alergia a algum componente da vacina”, finaliza Kátia.

De acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o HPV é tido como o responsável por 100% dos casos de câncer do colo do útero; 91% dos casos de câncer anal; 75% dos casos de câncer de vagina; 72% dos casos de câncer de orofaringe; 69% dos casos de câncer vulvar e 63% dos casos de câncer de pênis.

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