Arquiteta Rosangela Pena explica como usar o elemento para traçar limites entre ambientes com ainda mais personalidade e sofisticação
Tendência em casas e apartamentos pequenos com ambientes integrados, a divisória é um elemento que delimita a ‘divisão’ entre espaços, sem a obrigatoriedade de construir, efetivamente, uma parede. Para os projetos de arquitetura de interiores, diversas opções realizam, com maestria, essa função: a madeira, a serralheria e o vidro na forma de estruturas vazadas, estantes, painéis, portas de correr, bancadas e até jardins verticais são possibilidades utilizadas quando o intuito não é separar as áreas por completo.
Para decidir a divisória ideal, a arquiteta Rosangela Pena, à frente do escritório que leva o seu nome, aponta a análise diversos aspectos como luminosidade, decoração, privacidade e flexibilidade. “A opinião de um profissional é muito importante nesses casos, pois temos a percepção exata para eleger o estilo que melhor responderá dentro do layout”, comenta. Experiente, ela aborda as possibilidades que costuma trabalhar em seus projetos. Acompanhe:
Como escolher a divisória certa?
De acordo com a profissional, há de se considerar o estilo do décor, as características do cômodo e o objetivo dessa separação, que pode ser desde a busca por um ambiente mais privativo , a busca por um melhor aproveitamento ou a intenção de adicionar mais estilo e personalidade ao projeto. Também é essencial observar a área disponível e outros fatores determinantes para a definição do material e a colocação: iluminação, ventilação e umidade – tópico que se relaciona diretamente com a durabilidade e manutenção da peça. “Ao calcular as dimensões da peça, não podemos nos esquecer do espaço para a circulação, que deve ser de, no mínimo, 70 cm. Esse cuidado faz toda diferença no ir e vir dos moradores”, explica.
Grandes vantagens
A otimização dos espaços é um dos maiores benefícios da divisória, uma vez que se torna possível determinar ou criar uma nova área em praticamente qualquer cômodo da casa, bem como a distribuição do mobiliário e dos objetos decorativos de uma maneira mais assertiva e funcional. Privacidade e funcionalidade são outras benesses, pois essa compartimentação aumenta o conforto sonoro, a concentração e distrações – condições sine qua non para atividades profissionais em um home office, por exemplo. A relação custo-benefício é outro aspecto positivo, pois peças de alta qualidade e valor acessível são realidade no mercado.
Materiais das divisórias
É possível encontrar divisórias em diversos materiais, cores e tamanhos. Porém, alguns modelos são mais comuns nas residências por se adaptarem melhor aos ambientes:
– Madeira: Sempre presente nos projetos residenciais, permite a execução de várias formas e desenhos. Com ela, é possível elaborar divisórias vazadas e portas de correr, que são muito utilizadas nos projetos atuais. Polivalente, marca presença em diferentes estilos decorativos, desde o clássico, moderno e o rústico;
– Vidro: Perfeito para a passagem de luz e a privacidade de não ter uma visão nítida do outro lado. Contudo, por serem totalmente fechados, os blocos de vidro não permitem a circulação de ar, a não ser que sejam instalados espaçadamente;
– Drywall: Composto pelas chapas de gesso fixadas em estruturas de aço galvanizado, é de simples instalação, tem custo reduzido e a possibilidade de retirá-la no futuro, sem causar danos à estrutura da casa;
– Cobogó: Presente nos projetos mais antigos, voltaram aos projetos, marcando a brasilidade da autoria das peças que podem ser de cimento ou porcelana, por exemplo;
PVC: Além do baixo custo, também é resistente à umidade, de fácil manutenção, com altíssima durabilidade e sustentável.
Outras maneiras de dividir os ambientes
Além das formas clássicas, a arquiteta Rosangela Pena aponta que é possível promover essa divisão sem necessariamente usá-las. Ela exemplifica o sofá, que nas salas de estar pode cumprir a função de delimitar ambientes. “Ao posicionar o sofá no meio da sala como uma divisória, o morador conseguirá pensar em dois ambientes distintos. Nos dormitórios, a marcenaria do guarda-roupa também pode contribuir para transformar um espaço grande em dois menores, sendo que essa técnica é mais indicada para lofts e estúdios”. No capítulo móveis, estantes vazadas e os conhecidos aparadores e buffets são peças bastante eficazes.
Por fim, cortinas e tapetes também entram nessa seleção, já que ocupam muito pouco espaço e entregam um toque pessoal por conta da ampla gama de cores e texturas.
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