No local, árvores serão plantadas com cinzas de cremação com o objetivo de homenagear a memória daqueles que partiram
No Dia de Finados, 2 de novembro, será inaugurada a Floresta das Lembranças, um bosque especial dentro do Cemitério Vaticano, em Almirante Tamandaré (PR). No local, serão plantadas árvores com as cinzas de entes queridos, simbolizando a continuidade da vida e a conexão com a natureza. O projeto tem como objetivo criar um ambiente sustentável e significativo para homenagear a memória daqueles que partiram. Cada árvore terá uma placa de homenagem com um QR code único, que abrirá uma página personalizada com a biografia daquela pessoa cujas cinzas foram plantadas ali.
O espaço contará com uma praça projetada com aplicação de neuroarquitetura estimulando todos os sentidos dos visitantes, bem como pergolados, som ambiente, bancos e áreas de descanso. A ideia é proporcionar um ambiente tranquilo e acolhedor. Durante a cerimônia da inauguração, haverá uma revoada de pombos ao som de violino.
“A iniciativa é uma união entre a arquitetura e a natureza, buscando oferecer aos visitantes um espaço de paz e reflexão. A transformação das cinzas em árvores celebra a memória de forma sustentável, adicionando beleza e vida ao ambiente do cemitério. A Floresta das Lembranças proporcionará um ambiente único, onde cada árvore representará uma história especial, transcendendo a morte e preservando a essência da vida”, afirma Mylena Cooper, diretora do Cemitério Vaticano
O valor de um memorial na Floresta das Lembranças custa em média R$ 4 mil, incluindo a muda de árvore, placa de homenagem, cerimônia de plantio e a página online personalizada com a biografia.
A manutenção anual, que engloba a hospedagem do site e QR code, jardinagem constante, adubo e cerimônias coletivas em datas especiais, como Dia dos Pais, Dia das Mães, Dia de Finados e Dia da Saudade, tem o custo de R$ 300.
Alternativa sustentável
De acordo com um estudo comparativo do impacto ambiental entre cremação e sepultamento, divulgado no 30º Congresso Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, a cremação gera um menor impacto ambiental em relação ao sepultamento, principalmente no que diz respeito às alterações da qualidade do solo e das águas subterrâneas.