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Miopia infantil: 10 mitos e verdades que você precisa saber

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Miopia infantil: 10 mitos e verdades que você precisa saber

Miopia infantil: 10 mitos e verdades que você precisa saber

Considerada uma das condições visuais mais comuns da infância e adolescência, é estimado que 8% das crianças até 10 anos já apresentam o diagnóstico, segundo a OMS; Especialista comenta as principais questões que giram em torno da condição

A miopia infantil é uma das condições visuais mais comuns entre as crianças e adolescentes: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 8% das crianças até os 10 anos têm o diagnóstico. Até os 15 anos de idade esse número aumenta para 15%. Embora a hereditariedade seja uma das principais causas, o aumento crescente da condição vem sendo estudada por especialistas que apontam motivos externos para a situação: menor exposição à luz natural e tempo excessivo em frente a telas são considerados os principais fatores.

Para piorar, a crise da Covid-19, que levou ao isolamento social e confinamento dentro de ambientes fechados, contribuiu de forma significativa e já aparece em números: de 2020 até 2022, só a cidade de São Paulo registrou aumento de 134% nos casos de miopia entre crianças e adolescentes, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

“A miopia acontece quando o globo ocular é muito comprido ou a córnea é muito curva. Com isso, os raios de luz acabam se focalizando antes da retina, criando imagens embaçadas ao longe. Por muito tempo a única causa era mesmo a hereditariedade, mas esses diagnósticos vêm sendo observados em todo o mundo e tem a ver com o estilo de vida moderno, urbano e muito tecnológico. É um fenômeno social também”, comenta a Dra. Célia Nakanami, oftalmopediatra e speaker das lentes Essilor® Stellest®.

Contudo, a miopia ainda é cercada por muitas questões que podem acabar impactando no tratamento das crianças. Por isso, a especialista reforça os principais mitos e verdades para toda a família ficar por dentro do assunto:

Exercícios visuais podem reduzir a miopia

Mito! Até o momento, não existem comprovações científicas de que os exercícios visuais podem reverter a progressão da miopia. E, exercícios que pressionam o globo ocular podem, inclusive, causar lesões oculares.

Olhos claros podem ter mais problemas de visão do que os escuros

Esse é um mito bastante comum e muita gente ainda acredita que os olhos claros podem ter mais problemas de visão – incluindo a miopia – do que os escuros.

“Os olhos claros apresentam uma menor pigmentação na íris, mas, sua estrutura é a mesma dos olhos escuros. Independente desse fator, os cuidados com a visão devem ser os mesmos, inclusive o tratamento para miopia”, comenta.

Míopes possuem uma maior dificuldade para enxergar à noite

Verdade! Segundo a Dra Célia Nakanami, isso ocorre devido às células dos olhos dos portadores de miopia não corrigidos não se adaptarem bem ao escuro. “A boa notícia é que os tratamentos adequados podem corrigir o sintoma, melhorando a qualidade de vida dos pacientes”.

Brincar ao ar livre ajuda no não desenvolvimento da miopia

Verdade! Os estímulos de praticar atividades ao ar livre ajudam na manutenção de uma boa visão. “A luz é importante para o bom funcionamento. Quando a criança passa mais tempo fora de casa, ela consegue exercitar a visão de forma espontânea tanto para perto, como para longe, aumentando a amplitude de visão e evitando danos ao globo ocular”, ressalta.

“É importante que os pais entendam que a visão é desenvolvida com o passar dos anos. Ela irá se formar até por volta dos 8 anos de idade, então, esse é um período fundamental para atingir uma visão normal e saudável. Passar cerca de duas horas por dia ao ar livre ajuda a prevenir o desenvolvimento da miopia nas crianças, principalmente para aquelas que possuem mais chances de ser míope, ou seja, aquelas com pais com miopia”, complementa a oftalmopediatra.

Alimentos podem melhorar a miopia

Até o momento, não existem estudos que comprovem que alimentos possam melhorar a miopia nas crianças. “Esse é um mito bastante forte, pois crescemos ouvindo dos nossos pais e avós que ‘comer cenoura faz bem para os olhos’, por exemplo. De modo geral, alimentos com Vitamina A podem sim contribuir para a saúde dos olhos, atuando contra a degeneração macular e a catarata. Mas, não existem comprovações que os alimentos atuem contra a miopia”.

Ler com baixa luminosidade piora a miopia

De acordo com a oftalmopediatra, ler no escuro exige maior esforço e cansaço dos olhos. A baixa luminosidade irá diminuir o contraste e dilatar a pupila, piorando a acomodação, ou seja, o foco para enxergar de perto. Contudo, o ato em si não possui relação direta, porém, sabemos atualmente que a luz é importante para não desenvolver a miopia e crianças que passam mais tempo em ambientes internos e com baixa luminosidade correm maior risco de ter miopia.

Usar o computador piora a miopia

Não existem estudos que comprovem que o uso do computador atue no aparecimento de doenças oculares, como a miopia. Mas, segundo a especialista, isso irá depender de alguns fatores como a distância da tela, o tempo prolongado de uso e daí sim, vai ter relação com a piora da miopia.

“É importante que os pais estejam atentos ao tempo de tela. Além disso, se sabe que a radiação emitida pelo computador é baixa e limitada a 2 ou 3 centímetros do monitor, por isso, não é capaz de atingir os olhos”, explica a Dra. Célia Nakanami.

O uso excessivo de telas pode atuar no desenvolvimento da miopia

Verdade! O uso prolongado das telas, por longos períodos de tempo, tem levado ao aumento ou agravamento da miopia nas crianças, principalmente devido aos aparelhos menores, nos quais são necessários uma maior proximidade dos olhos.

“É fundamental que as crianças explorem outras atividades e possam descobrir o mundo ao seu redor. Além disso, os pais também possuem uma missão super importante ao participar desse processo, afinal eles são exemplos para os filhos. Por isso, o primeiro passo é evitar ao máximo o uso de telas enquanto estiver com as crianças e, de quebra, aproveitar a oportunidade de ter um momento de qualidade com os pequenos. Isso faz toda a diferença!”.

O uso de lentes adequadas podem desacelerar progressão da miopia

Verdade! “Hoje, temos tecnologias inovadoras desenvolvidas especialmente para evitar a progressão da miopia e tornar a visão mais nítida, como é o caso das Lentes Essilor® Stellest®, que atuam como um escudo contra o desenvolvimento da doença.

Além disso, é importante que a escolha dos óculos não leve em consideração apenas uma armação bonita, mas também uma lente ótica de qualidade, junto com uma armação adequada ao tamanho do rosto. Deixar a criança participar da escolha das armações também aumenta a aceitação e torna mais fácil seu uso. Isso fará toda a diferença para um tratamento adequado e preciso”, explica.

A miopia pode ser prevenida

Verdade! Para saber mais, prevenir e diagnosticar essa condição, que só cresce, é importante que os pais não se esqueçam de levar seus filhos ao oftalmologista. E o período de férias escolares, com maior flexibilidade de horários e rotina, pode ser ideal para buscar esse acompanhamento.

Alguns sinais podem indicar que a criança está com dificuldades. Como a miopia é uma doença que afeta a capacidade de enxergar objetos distantes, o primeiro sintoma é observar se o pequeno vem tendo dificuldades na escola justamente por não ver, por exemplo, o quadro ou o professor.

“Um comportamento que indica muito isso é quando a criança aperta muito os olhos. O movimento ajuda a clarear temporariamente a visão. Esfregar muito os olhos também pode sinalizar um cansaço visual do esforço empregado para conseguir ver com mais nitidez”, explica a especialista.

Outros sinais incluem: piscar excessivamente, sentar muito perto da TV e colocar telas muito próximo ao rosto, fechar um dos olhos, cansaço visual, dores de cabeça e dificuldade na prática de esportes. “A solução para crianças e adolescentes é o uso de óculos com lentes corretivas e a medição se dará através de exames realizados no consultório. Contudo, o acompanhamento é fundamental, já que o grau de correção tende a mudar na infância, na fase de crescimento”, conclui Dra. Célia Nakanami.

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