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O Airbnb vai desaparecer?

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CEO da Yogha, Avelino Mira, fala sobre o futuro do Airbnb e do mercado de shortstay 

O mês de outubro de 2023 ficou marcado pelas falas do cofundador e CEO do Airbnb, Brian Chesky, que fez comentários sobre o modelo de negócios da empresa em uma entrevista à Bloomberg. O CEO reconheceu que o Airbnb cresceu muito além do que inicialmente foi projetado e que a “fundação está fundamentalmente comprometida”. Chesky usou metáforas do setor imobiliário para ilustrar a situação, mencionando que a empresa tinha uma casa construída sobre quatro pilares quando deveria ter dez.

O CEO da Yogha, Avelino Mira, explica que Chesky justifica que na pandemia, o Airbnb experimentou um grande impulso, à medida que as restrições sanitárias permitiram que as pessoas trabalhassem remotamente de diferentes locais, porém agora a empresa está enfrentando o aumento dos preços nas estadias de curto prazo, que representam até 80% de sua receita total. “Estamos vendo que esse aumento de preços desequilibrou a relação entre anfitriões e hóspedes na plataforma, colocando pressão sobre o Airbnb para atender às demandas de ambas as partes. Ver Chesky reconhecer a necessidade de colocar a casa em ordem e resolver esses desafios para manter o sucesso da empresa é algo importante para o setor”, avalia.

Disrupção tecnológica irreversível 

Avelino Mira, CEO da Yogha

Avelino afirma ser importante notar que quando ocorre uma disrupção tecnológica, como foi o caso da revolução industrial e do advento da internet, surgem novas ocupações e funções, o que acarreta em novos padrões de vida. “Um exemplo prático disso é a Uber, que hoje é a principal referência em transporte por aplicativos e que não só criou empregos e promoveu o compartilhamento de viagens, mas também instaurou novos padrões de comportamento, facilitando a solicitação e utilização de transporte, e até mesmo desencorajando a compra de veículos por parte das novas gerações. O mesmo aconteceu com o Airbnb que não apenas criou oportunidades de negócios para proprietários de imóveis, mas também instaurou um novo padrão de comportamento, facilitando a hospedagem e desencorajando a posse de imóveis para as novas gerações. Esse é um comportamento que pode sofrer novas disrupções, mas não irá regredir. Veio para ficar”, conta.

O CEO da Yogha enfatiza que o impacto do Airbnb se estende além dos anfitriões e hóspedes, influenciando a indústria de tecnologia e criando oportunidades para serviços relacionados, como aplicativos de reservas e sistemas de gestão de propriedades voltados para shortstay. “Pude testemunhar a transformação comportamental que a Airbnb proporcionou em cidades inteiras. E pergunto aos usuários: vocês deixariam de usar? Penso que a grande maioria dirá que não, de forma alguma, pois a disrupção que o Airbnb trouxe impactou muito mais do que apenas os proprietários de camas, quartos ou casas/apartamentos disponíveis para locação. Foram criados novos trabalhos e aplicativos, indo além do que se poderia imaginar na sua criação”, explica.

O conceito Airbnb

Atualmente a frase “Eu faço Airbnb” é muito ouvida, sendo que a própria palavra Airbnb se tornou sinônimo de negócio e shortstay, termo que poucas pessoas conheciam antes do lançamento do aplicativo no mercado. “Hoje, usuários ao redor do mundo não apenas estão familiarizados com esse termo, como também fazem uso de apartamentos para shortstay, consolidando o Airbnb como conceito, não apenas uma marca. Então, dizer que o Airbnb vai falir não significa que esse mercado desaparecerá, pois assim como o Uber, essa transformação é irreversível”, conta o CEO.

Sobre as falas acerca das proibições ou regras rigorosas que estão sendo criadas para esse setor, como as de Nova York, é importante considerar que essas mudanças podem levar a melhorias no mercado e oportunidades para novos empreendimentos. “Essas são questões que a princípio podem prejudicar muitos pequenos proprietários, no entanto, enxergo como uma oportunidade para melhorias que ainda estão por vir no mercado. A Yogha, por exemplo, é especialista em consultoria para a criação de empreendimentos voltados para o atendimento de shortstay, ajudando para que saiam do papel preparados para a maioria das regulamentações locais impostas pelas prefeituras, inclusive recolhendo impostos – mesmo diante da inexistência de uma lei específica no Brasil”, conta Avelino.

Em relação aos usuários finais, Avelino acredita que mesmo se o Airbnb deixasse de operar, os hóspedes seguirão em busca de soluções similares, pois já se acostumaram com o modelo e com a comodidade que ele oferece. “O conceito Airbnb veio para ficar e continuará a evoluir, transformando o modo como vivemos e nos hospedamos, sendo assim, mesmo se o Airbnb encerrar suas atividades, o usuário/inquilino continuará a buscar novas soluções em outras plataformas de operação shortstay ao redor do mundo, como a Yogha, pois esse usuário se acostumou a ter um apartamento completo com cozinha e quarto para se hospedar, e já não prefere mais o hotel. Portanto, reforço: o conceito “Airbnb” não vai desaparecer.

Sobre a Yogha 

Fundada em 2016, a Yogha é uma startup de moradias por assinatura que atua em Curitiba, administrando mais de 224 imóveis. Em seu portfólio, a empresa conta com mais de 38.000 clientes e 187 parceiros investidores que por meio da Yogha têm uma gestão integral de seus imóveis de forma 100% digital e inovadora. Para conhecer mais, acesse: www.yogha.com.br

 

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