Muito se fala em como se detectar precocemente e prevenir o câncer de próstata com a realização de exames periódicos, entre os mais difundidos estão o toque retal, o exame físico do urologista e o exame de sangue que também é feito para detectar os tumores de próstata: o conhecido PSA. A sigla em inglês para Prostate-Specific Antigens significa Antígeno Prostático Específico. Porém, muitos não sabem quando de fato ele deve ser realizado.
O médico rádio-oncologista do Oncoville, Henrique Balloni, explica que o exame do PSA detecta a proteína que a próstata expressa no sangue e, dependendo do nível da proteína, quanto mais alta estiver no sangue maior a probabilidade de ter câncer de próstata. “No entanto, existem casos onde o exame apresenta números elevados, mas não significa que pode ser câncer de próstata, uma vez que o indivíduo que tem a próstata grande pode ter um PSA elevado. Esse exame não é específico do câncer de próstata, mas sim da próstata.”
O PSA é um dos primeiros exames solicitados quando o paciente apresenta sintomas do câncer ou quando o médico deseja pesquisar a existência da doença e examinar a saúde da próstata. “É importante que a análise do exame seja feita por um profissional que esteja habilitado para analisar o contexto da próstata e do valor do PSA. É muito comum alguns pacientes com o PSA um pouco mais elevado ficarem preocupados achando que estão com câncer de próstata, mas não. A detecção do câncer é feita pela realização de uma biopsia, não necessariamente uma elevação do PSA significa um câncer de próstata”, expõe o médico.
Por outro lado, têm pacientes que tem câncer próstata e apresentam um PSA baixo, mas isso é uma exceção. Também existem pessoas com PSA normal, mas quando é realizado o toque ou exame de imagem esse paciente é diagnosticado com o câncer de próstata, apesar de ter um PSA baixo. “No contexto do rastreamento, da identificação e da análise do câncer de próstata, é muito importante ter um especialista qualificado que consiga juntar esse quebra-cabeça para que se peça ou se faça exames desnecessários ou deixe o paciente preocupado com um exame isolado pensando que é um câncer”, destaca Henrique Balloni.
Outras doenças que utilizam o exame de PSA
Uma das principais funções do exame de PSA é auxiliar no diagnóstico de alterações existentes na próstata. Entre as doenças que o exame é um aliado estão:
A prostatite, uma inflamação na próstata, que provoca um crescimento desordenado do órgão e causa dor, desconforto e impede a passagem da urina. A prostatite pode ser aguda ou crônica.
A hiperplasia benigna da próstata (HBP) também pode ser analisada através do exame de PSA. Trata-se de uma das doenças benignas mais comuns entre os homens, geralmente acima dos 50 anos. É fundamental o diagnóstico precoce, pelo fato de ser uma doença progressiva, que se caracteriza por provocar um aumento do volume da próstata.