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Fabricante de papéis inaugura primeira indústria verticalizada de produtos biodegradáveis da América Latina

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A Bonet Madeiras e Papéis, uma das mais tradicionais produtoras de papéis sustentáveis do país com 80 anos de história, acaba de anunciar o início das atividades da primeira fábrica verticalizada de produtos biodegradáveis da América Latina e, dependendo do volume, com potencial de reduzir em até 70% o custo da produção.

A Bonet Madeiras e Papéis, uma das mais tradicionais produtoras de papéis do país com 80 anos de história e foco em sustentabilidade, acaba de anunciar o início das atividades da primeira fábrica verticalizada para produção de embalagens biodegradáveis da América Latina. Com investimento de mais de R$ 15 milhões, o novo parque fabril de quase 2 mil m² instalados em Caçador/SC, no meio-oeste de Santa Catarina, começa a fase de adaptação e implementação das novas tecnologias.

A capacidade inicial da fábrica é de resinar 3 mil toneladas de papéis e, dessas, 200 toneladas serão convertidas em copos, o que representa um potencial de produzir cerca de 50 milhões de unidades de copos por mês e dependendo do volume, com um custo que pode chegar até 70% menor com outras indústrias que não adotam o processo de verticalização. Ao agregar valor ao papel que já produz, a empresa acredita que o investimento poderá triplicar o faturamento no próximo ano. Atualmente, a Bonet Madeiras e Papéis possui receita mensal em torno de R$ 20 milhões e quadro de funcionários com mais 700 colaboradores, entre diretos e indiretos.

“Com a inauguração do novo parque fabril vamos ter 100% de controle sobre a produção de embalagens biodegradáveis, e isso garante uma redução significativa do custo final ao cliente e também a certeza que todo processo é sustentável. Existe ainda no mercado brasileiro uma carência em termos de fornecimento de copos e embalagens sustentáveis, e de uma empresa que atenda essa demanda com alta capacidade de produção. Além disso, o preço não é competitivo. Por isso, nosso objetivo é atender esses clientes, como indústrias, redes de “fast foods” e deliveries nacionais e internacionais, e contribuir para trazer cada vez mais a consciência de utilizar produtos que respeitem o meio ambiente. Apenas como exemplo, o custo da produção de uma embalagem de plástico é, de fato, menor, porém, além de impactar no meio, existe um custo de 2,5 a mais em relação ao valor da embalagem de plástico só para direcionar ao aterro”, explica o presidente da Bonet Madeiras e Papéis, Paulo Bonet.

“Na Bonet nós produzimos a própria energia, por meio de recursos hídricos, o papel é feito com matéria-prima renovável, a resina aplicada é uma solução sustentável para substituir o uso do polietileno (PE) e a impressão será feita com polímeros que não agridem o meio ambiente. Vamos iniciar a produção com sete máquinas importadas, mas há previsão de um novo investimento no próximo ano e com isso podemos aumentar ainda mais a capacidade produtiva, tudo vai depender da resposta do mercado”, complementa o executivo que também é especialista em sustentabilidade.

Mercado em ascensão no mundo

O mercado global de embalagens biodegradáveis faturou em 2022 cerca de US$ 99,3 bilhões e deve ultrapassar US$ 132, bilhões até 2028, segundo relatório divulgado pela Mordor Intelligence. O crescimento do setor é reflexo da preocupação ambiental por parte de vários países em eliminar a utilização de embalagens plásticas descartáveis. A Inglaterra, por exemplo, proibiu que estabelecimentos ofereçam ou comprem plásticos descartáveis a partir de outubro deste ano.

No Brasil, ainda não há uma regulação por parte do governo, mas muitas empresas já têm adotado produtos biodegradáveis para eliminar a produção de resíduos e também atender uma demanda cada vez maior de consumidores atentos às questões de sustentabilidade.

“O planeta pede socorro e por isso o uso de plástico descartável é inadmissível. Já estamos em contato com grandes players do ramo de fast food e até plataformas de delivery para a produção de embalagens biodegradáveis para os mais variados produtos. Os copos serão nosso carro-chefe, mas vamos produzir também embalagens para alimentos. A simples troca de plástico descartável por produtos biodegradáveis impactam o futuro do planeta com a redução drástica da geração de resíduos que poluem, principalmente, nossos oceanos”, finaliza Bonet.

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