Unindo produtores de bovinos e ovinos, a cooperativa transformou os desafios em conquistas ao longo dos anos
A CooperAliança celebra 16 anos de existência em 2023, anos marcados por conquistas no setor da pecuária de corte. Fundada em 12 de dezembro de 2007, em Guarapuava, a cooperativa teve, antes desta data, um processo de consolidação do projeto ao longo dos anos.
Em 1998, pecuaristas de Guarapuava e região, a partir de um Projeto de Integração da Pecuária de Corte, oficializaram a criação da Aliança Mercadológica, que teve como objetivo principal proporcionar aos produtores uma maior rentabilidade em suas produções com mais possibilidade de comercialização.
De acordo com o presidente da CooperAliança, Edio Sander, foi a partir dessa aliança entre os pecuaristas da região que se iniciaram as ideias para a criação da cooperativa. “Nós não nos reunimos para formar uma cooperativa, a cooperativa foi uma consequência lógica, uma necessidade. Mas até chegar lá e constituir a cooperativa foram muitos anos de trabalho. Desde o começo, o principal desafio era produzir com qualidade e regularidade, mantendo um padrão de excelência”, lembrou Edio.
UNIÃO
Ao mesmo tempo, criadores de ovinos enfrentavam os mesmos desafios e se organizavam no intuito de formalizar uma cooperativa. Em 2007, os dois grupos se uniram e deram origem à CooperAliança, formada inicialmente por 35 produtores, sendo 12 de bovinos e 23 de ovinos.
De 2008, quando a cooperativa iniciou em definitivo as atividades e até 2022, quando inaugurou a unidade própria, os abates foram realizados de forma terceirizada. No entanto, mesmo assim, a CooperAliança conseguiu transformar a carne em marca e agregar valor através do padrão de qualidade adotado pelos cooperados.
Adriane Araújo de Azevedo, vice-presidente da cooperativa, destaca que em 2012 a CooperAliança recebeu a certificação Angus da Associação Brasileira de Criadores de Angus, sendo a pioneira no Paraná. A cooperativa também realiza o abate halal, atendendo um mercado em grande expansão. Em relação aos ovinos, também foi estipulado padrão de qualidade na produção dos cooperados, sendo a única cooperativa com rastreabilidade na carne de ovinos. “Produzimos buscando qualidade e regularidade, olhando muito a demanda do cliente e diante disso nós desenvolvemos o nosso cordeiro, o cordeiro CooperAliança, que é de determinadas raças. Trabalhamos 90% com a raças Texel e Ile de France e seus cruzamentos”, conta Adriane.
COOPERADO
Atualmente, a CooperAliança possui 186 cooperados em seu quadro, entre eles produtores de bovinos e ovinos, ou ambos. Para Edio Sander, o produtor cooperado compreende a necessidade de produzir bem, sem pensar apenas no preço, pois sabe que seguindo o padrão, agregará valor à carne. “É preciso organizar a produção, tem que ter fomento. Você define a qualidade do produto, qual o produto que você quer vender. Aí entra genética, alimentação, manejo alimentar, manejo sanitário”, explicou, apontando que o setor de fomento da cooperativa atua diretamente nessas questões junto aos cooperados.
Para a vice-presidente Adriane, esse acompanhamento técnico, a organização e a regularidade da produção foram os motivos para que ao longo dos anos a cooperativa fosse procurada e captasse cooperados além da região de instalação. “Tivemos essa integração devido ao nosso trabalho persistente em busca da excelência da produção. Sempre fomos crescendo de acordo com a demanda, em nenhum momento nós tivemos muita produção e pouca demanda. Passos curtos e firmes, sempre focados no cooperado. O produtor se preocupa em produzir, o foco dele é porteira adentro, porque ele sabe que, porteira afora, nós da cooperativa estamos trabalhando para proporcionar as melhores condições nas demais etapas até chegar ao consumidor”, pontuou.
Na CooperAliança, o cooperado possui acesso a tecnologias e conhecimento técnico na produção pecuária, garantia de valorização da produção, além dos melhores insumos, assistência técnica na propriedade, comercialização e distribuição da produção.
UNIDADE
Inaugurada em janeiro de 2022, a unidade própria da CooperAliança saiu do papel graças ao crescimento da cooperativa. O volume de produção já estava acima da capacidade do frigorífico terceirizado. “Acreditamos que era o momento para evoluir, dar esse próximo passo. Foi tomada essa decisão, levada para assembleia, somamos esforços juntos durante os cinco anos de sua construção”, explicou Adriane.
O espaço que hoje contempla a unidade industrial tem capacidade para abate de 345 animais por dia, conta também com a sede administrativa da cooperativa. Atualmente, ela gera mais de 300 empregos diretos, além dos indiretos no campo. A área total construída é de 21.621,55 m², fruto de um investimento de R$ 83 milhões.
FUTURO
Para o próximo ano, além da expectativa de crescimento no número de abates, a CooperAliança deseja se aproximar ainda mais do produtor, que na visão da vice-presidente Adriane, é o grande responsável pelas conquistas da cooperativa. “Em 2024 queremos contar com os cooperados para continuar com o sucesso da CooperAliança, para continuar crescendo. Agora já estamos estruturados e queremos ter o cooperado ainda mais perto, prosperando conosco. Eles fazem parte da nossa história, e agora vamos cada vez mais seguir com passos firmes rumo a novas conquistas”, agradece Adriane.