A liberdade de não carregar as chaves, a garantia de uma segurança mais efetiva aos imóveis e o controle de acesso despontam entre as principais vantagens, conforme apontam profissionais de arquitetura de interiores
Lá no passado as chaves eram enormes e com o tempo foi diminuindo. Mas ainda assim, o transtorno de esquecer ou perdê-las rende muitos desconfortos para os moradores que, em tantas ocasiões, precisam solucionar a impossibilidade temporária de entrar em casa sem elas.
É por isso que, cada vez mais, uma solução tecnológica tem se ampliado nos projetos de arquitetura de interiores: as fechaduras eletrônicas. “Quando eram novidade no Brasil, os preços não eram convidativos, porém o cenário mudou e a diversidade de modelos oferecidos pelos fabricantes deixaram o recurso bastante acessível”, diz o arquiteto Bruno Moraes, grande entusiasta da substituição dos modelos tradicionais pelas versões digitais. Ainda de acordo com o profissional à frente do BMA Studio, essa opção aprimora a qualidade de vida dos moradores, tanto pela inconveniência do extravio das chaves, a dificuldade de acesso e outra questão absolutamente pertinente: a segurança.
Uma expressiva mudança de hábitos
Pouco a pouco, os imóveis oriundos de novos empreendimentos residenciais, vem ganhando o novo estilo de fechadura. “Eu gosto de propor essa possibilidade aos clientes que estão realizando comigo o projeto de arquitetura de interiores”, afirma a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Liberdade e segurança são atributos que diminuem o número de preocupações cotidianas de quem adota pelo sistema. Em sua visão, a chave como ainda conhecemos, se configura como o meio de abertura menos eficiente. “Além da tranquilidade de poder sair de casa sem as chaves no bolso, o morador se exime do medo da entrada de pessoas mal intencionadas”, esclarece Cristiane.
Outros aspectos práticos da fechadura eletrônica estão relacionados à autonomia que o proprietário exerce sobre o acesso das pessoas – tanto em casa, quanto no trabalho. O conhecimento dos horários de entrada e saída, com senhas e digitais individuais para cada colaborador, permite que o sistema seja habilitado, por exemplo, somente nos dias e horários habilitados para o exercício das atividades profissionais. “E para diminuir a inquietação dos pais sobre a rotina dos filhos, é possível saber o horário que chegam em casa”, revela a arquiteta e mãe.
O que fazer para contar com as vantagens da fechadura eletrônica?
Para contar com esse tipo de automação residencial, o arquiteto Bruno Moraes indica o suporte técnico de profissionais especializados no preparo do imóvel para o seu funcionamento. Segundo ele, esse passo, ainda na etapa de execução do projeto de reforma, é crucial para adequar os dispositivos e assegurar que tudo esteja compatível com as melhorias propostas. “Quando o morador decide pela fechadura eletrônica e não está envolto em obras, é comum existir a demanda por adaptações necessárias para o equipamento, a segurança e o bem-estar dos usuários”, detalha.
Quais os principais modelos da fechadura digital?
Com o avanço tecnológico, o mercado dispõem de versões com a abertura por meio de senha, biometria, comando remoto e por reconhecimento facial, entre outras. A escolha é um aspecto que demanda a avaliação desde a fase inicial do projeto e, conforme as instruções do arquiteto Bruno Moraes, é preciso determinar, com precisão, antes do início da obra, os locais onde esses equipamentos serão instalados.
Mais avançadas, as versões via internet e aplicativos são atualmente consideradas as mais modernas e completas do mercado. “Como as pessoas estão mais conectadas às tecnologias, a tendência é que aconteça uma migração para sistemas mais avançados como esses” relaciona o profissional. Nesse tipo de inovação, é factível estabelecer interações à distância, como quando um prestador de serviços necessita de acesso imediato ao local. Por meio do aplicativo instalado no smartphone, mesmo fisicamente distante o morador possui a capacidade de supervisionar e controlar, dispensando o cadastramento de novas digitais ou senhas.
Adicionalmente, é relevante mencionar que muitas dessas fechaduras incluem sistemas de alarme de segurança. Portanto, ao realizar a seleção, os arquitetos aconselham verificar as informações técnicas fornecidas pelo fabricante.
A instalação vale a pena?
Há alegações de que as fechaduras eletrônicas, em seu estágio inicial, implicam em custos significativos. Entretanto, é determinante considerar o valor como um investimento que entrega inúmeras conveniências na vida cotidiana, ao mesmo tempo que contribui para uma casa mais inteligente. A arquiteta Cristiane Schiavoni aproveita para esclarecer que um cuidado imprescindível para o bom funcionamento do recurso é monitoramento a bateria, uma vez que estando baixa, pode prejudicar a passagem.
E a instalação?
Conforme explana Cristiane, cada modelo demanda uma infraestrutura específica. Fechaduras eletrônicas que operam com senhas ou sistemas biométricos não requerem uma infraestrutura distinta e podem ser instaladas diretamente na porta, sem necessidade de modificações adicionais. Entretanto, no caso de uma fechadura integrada com sistema de câmera, sem conexão com a internet, o planejamento é essencial para idealizar soluções para a funcionalidade em conjunto.
BMA Studio
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