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Saiba quais os impactos das doenças crônicas na saúde sexual masculina

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Imagem de Darko Djurin por Pixabay
Imagem de Darko Djurin por Pixabay

Médico urologista alerta para importância de controlar doenças como hipertensão e diabetes para ter mais qualidade de vida

Que o controle de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e colesterol alto é fundamental para elevar a expectativa de vida todo mundo já sabe, mas quando não são tratadas adequadamente essas condições podem comprometer também a saúde sexual masculina, impactando de forma negativa a qualidade de vida dos pacientes. O alerta é do médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência em urologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada.

“Muitos pacientes que chegam ao consultório com problemas na vida sexual são hipertensos ou diabéticos e não controlam de maneira eficaz essas condições. Essas doenças têm relação direta com os hábitos de vida e são bastante comuns no Brasil.  Além de todos os problemas que elas causam para a saúde como um todo, também são um fator de risco para casos de disfunção erétil e outras complicações”, destaca Ruimário Coelho.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão atinge um em cada quatro brasileiros, o equivalente a 50 milhões de pessoas. O médico explica que a pressão elevada prejudica a circulação sanguínea em todo o corpo, afetando também os vasos que irrigam o órgão sexual masculino. Se os vasos sanguíneos não recebem o volume necessário de sangue devido à hipertensão, a ereção não é possível.

Outra condição que afeta diretamente a saúde sexual masculina é a diabetes mellitus. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes existem atualmente cerca de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença no país. “Neste caso, os altos índices de açúcar no sangue, causados pela produção insuficiente ou má absorção de insulina no organismo, podem levar a problemas graves como doenças cardiovasculares, neuropatias, insuficiência renal e até a disfunção erétil. Isso ocorre porque o alto índice glicêmico também danifica os vasos sanguíneos, prejudicando assim a irrigação do pênis no momento da ereção e afetando a libido e o desejo sexual do paciente”, ressalta Ruimário Coelho.

O tratamento da disfunção erétil pode ser medicamentoso (inclusive para o controle de doenças crônicas associadas), reposição hormonal e até implantes. O médico alerta, no entanto, que em muitos casos essa condição tem fundo psicológico, o que exige também um acompanhamento psicoterapêutico. “O mais importante é buscar uma orientação médica para encontrar o tratamento mais adequado para cada caso. Infelizmente ainda há um certo preconceito dos homens em falarem sobre seu desempenho sexual, por isso muitos resistem em buscar um atendimento”, destaca.

Sobre Ruimário Coelho

Ruimário Coelho (Médico urologista, preceptor da residência em urologia do Hospital de Clínicas da UFPR e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada)

Dr Ruimário Coelho é formado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo, com residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Heliópolis (São Paulo – SP), residência médica em Urologia pela Universidade Federal do Paraná, Fellowship em Andrologia e Infertilidade Masculina, pelo Instituto H Ellis/ Projeto ALFA, com certificação em cirurgia robótica pelo Instituto Falke. É diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada, preceptor da residência médica de Urologia do Hospital de Clínicas da UFPR, coordenador do curso de Enucleação Endoscópica da Próstata do Scolla Centro de Treinamento, membro da Endourological Society e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, atuando principalmente com foco em Doenças da Próstata e Endourologia.

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