A valorização das cristaleiras nos projetos residenciais

Arquiteta Rosangela Pena mostra a capacidade que o móvel tem de adaptar-se aos diversos estilos decorativos para adicionar charme e funcionalidade aos ambientes

Versáteis, as cristaleiras combinam beleza, funcionalidade e personalidade aos projetos. Sua função é complementar o prazer tão valioso de degustar bebidas em casa nas mais diversas ocasiões que a vida proporcionar. Nesse projeto realizado pela arquiteta Rosangela Pena, a versão de serralheria e vidro, iluminada por LED, está ao lado do cantinho do bar e próxima à varanda| Foto: Sidney Doll

cristaleira sempre esteve presente nas casas e no passado eram frequentemente associadas à nobreza por suas características mais clássicas, por assim dizer, que recebiam louças de porcelanas, itens de cristal e outros materiais sofisticados. No entanto, na leitura contemporânea tudo mudou: a peça entra em cena incorporando atributos como versatilidade e apelo estético, tornando-se importante na composição dos ambientes residenciais, independente do estilo.

Além do charme e da funcionalidade, as variações de designs únicos e inovadores abriram frente para a exposição de objetos que refletem o lifestyle dos moradores. “A cristaleira nunca saiu de moda. Ela se modernizou”, enfatiza a arquiteta Rosangela Pena, à frente de seu escritório homônimo. De acordo com ela, antigamente o móvel mantinha uma relação mais alinhada com o rústico e o clássico e, de fato, por um período ela foi parcialmente deixada de lado. “Mas felizmente ressurgiu e adoro contar com o seu conceito nos projetos do nosso escritório”, revela.

Estilos e materiais

Multifacetadas, a cristaleira vem de encontro para atender os mais variados gostos e necessidades em diferentes roupagens, conforme descreve a profissional:

– Rústico: nas origens do elemento, a referência explora a madeira maciça com entalhes, ferragens visíveis e diferentes tonalidades de madeira como mogno e o pinho. “Essas características são ideais para um viés mais despojado em cozinhas e salas de jantar”, opina.

– Clássica: comumente realizada de madeiras nobres como carvalho ou cerejeira que recebem detalhes ornamentais refinados em sua estrutura, contam com portas de vidro transparentes justamente para a exibição graciosa de louças, cristais e itens decorativos preciosos. Com semelhanças, o provençal é marcado pelos motivos florais e puxadores concha.

Contemporânea: Com materiais inovadores como metal, vidro temperado e acrílico, é perfeita para projetos modernos e elegantes. Segundo Rosangela, essa contextualização é acompanhada por recursos adicionais como iluminação em LED embutido, prateleiras ajustáveis e compartimentos multifuncionais. “A cristaleira com esse arremate inovador sempre acompanha soluções inteligentes”, avalia.

De parede: para espaços compactos, são fixadas diretamente na parede para otimizar o uso do ambiente. Contemporâneas e minimalistas, são produzidas em serralheira, vidro ou madeira leve.

Cristaleira na decoração

esta varanda executada pela arquiteta Rosangela Pena, a cristaleira exerce a função de suporte. Integrada à grande adega climatizada, facilita na hora de servir moradores e convidados, uma vez que copos e taças de cristal estão organizados e prontos para serem utilizados | Foto: Sidney Doll

Incorporar uma cristaleira nos ambientes é uma maneira de introduzir uma peça imponente e atemporal aos espaços. “Como uma camaleoa, ela é muito fácil de introduzir no projeto e receber seu merecido destaque”, avalia a arquiteta. Além da beleza em si, também atua como uma base elegante para exibir coleções pessoais, objetos de valor sentimental ou decorativos.

Tamanho ideal da cristaleira: existe?

esta varanda executada pela arquiteta Rosangela Pena, a cristaleira exerce a função de suporte. Integrada à grande adega climatizada, facilita na hora de servir moradores e convidados, uma vez que copos e taças de cristal estão organizados e prontos para serem utilizados | Foto: Sidney Doll

A arquiteta Rosangela Pena ressalta que a medida dependerá única e exclusivamente da área disponível e que a proporcionalidade é um parâmetro para a definição do móvel. “Quando pequena demais ela se perde em um ambiente amplo, enquanto uma cristaleira de grande porte pode dominar um cômodo menor”, observa. Nesse cálculo, ela considera o volume a ser guardado em seu interior.

A restauração de uma peça antiga vale a pena?

Com a história da cristaleira, é comum que alguns clientes tenham móveis passados por gerações e que em função do tempo e a ausência de cuidados, encontram-se com avarias. E essas são razões para desconsiderá-las de cara? A resposta é não.

Para a profissional, uma avaliação permitirá responder sobre a viabilidade da restauração para que o móvel possa iniciar uma nova jornada. “Esses reparos se consistem na substituição de partes danificadas ou o refinamento dos desenhos originais”, explica. Entretanto, ela observa que as modificações não devem mexer e essência.

Tendências para ficar de olho

As cristaleiras não necessariamente precisam ser grandes e imponentes. Neste projeto, a arquiteta Rosangela Pena inseriu a cristaleira na parte interior do aparador que também comportou a adega | Projeto Rosangela Pena Arquitetura| Foto: Sidney Doll

No décor atual, o móvel carrega prateleiras ajustáveis e sistemas de LED embutidos para destacar as peças expostas. O design minimalista também está ganhando popularidade por suas linhas limpas e formas geométricas que se integram facilmente em diferentes projetos de arquitetura de interiores. “Também está muito em alta a cristaleira em formato orgânico com suas bordas arredondadas”, finaliza Rosangela.

Instagram: @rosangelapenaarquitetura

Site: www.rosangelapenaarquitetura.com

Tel.: 11 2251-5889

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