Mais comum em bebês com idade inferior a dois anos, a bronquiolite tem sido a responsável por aumentos semanais das internações no Brasil, aponta boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no último dia 18 de abril. Uma característica da doença é a sazonalidade, com predominância nos meses de maio e abril, justamente período em que estamos agora.
Infecções virais são bastante frequentes em crianças pequenas já que elas ainda estão com seu sistema imunológico em formação. Embora a maioria das crianças começa a se recuperar da doença em uma semana e se restabeleça totalmente, algumas delas, principalmente com histórico de prematuridade ou doenças no coração ou pulmão, têm maior risco de desenvolver complicações.
Os sintomas da doença são muito parecidos com os de uma gripe ou resfriado. De acordo com o Ministério da Saúde, os mais comuns são: febre baixa, dor de garganta ou cabeça e nariz escorrendo. “Podemos destacar também alguns sinais de alerta para a bronquiolite, que indicam a necessidade de buscar atendimento médico, como dificuldade para respirar, prostração fora do momento da febre ou lábios e unhas arroxeadas.
O bebê com bronquiolite fica muito cansado, já que é difícil respirar e isso, muitas vezes, acaba se manifestando pela dificuldade na hora de mamar”, explica Dra. Rairine Faleiro, pediatra intensivista do grupo Neocenter.
Não há um tratamento específico para a doença. Por isso, o cuidado é focado na redução dos sintomas a partir da hidratação, controle da temperatura e do fornecimento de oxigênio, em caso de necessidade. Nos casos menos graves podem ser usados cateteres no nariz. Nos mais delicados pode ser necessária a intubação.
Como a bronquiolite afeta o trato respiratório, as medidas de prevenção têm como foco impedir o contato direto com o vírus. “Evitar contato com pessoas contaminadas e reforçar cuidados básicos de higiene, como lavagem frequente das mãos e de objetos potencialmente contaminados, como brinquedos, com água e sabão, são algumas formas de prevenir a doença. Além de manter a criança hidratada e bem alimentada”, reforça a Dra. Rairine.