Puppi e Laura de Castro criam jornada sensorial no single “A Janela”

 

O violoncelista italiano radicado no Brasil, Federico Puppi tem se dedicado nos últimos anos a unir sua arte ao teatro. Premiado por suas performances e trilhas para as artes cênicas, ele lança um single composto especificamente para o teatro. Ao lado de um intenso registro vocal de Laura de Castro, ele lança “A Janela”. A faixa já está disponível para streaming e coroa um período prolífico para Puppi, que atualmente está em cartaz com a premiada peça “Ficções”, de Rodrigo Portella, dividindo o palco com a atriz Vera Holtz em um espetáculo inspirado pelo livro “Sapiens”.

 

Ouça “A Janela”: https://tratore.ffm.to/ajanela

 

“Esse mergulho no teatro mudou completamente a minha relação com a música: de alguma forma agora quando componho, ou quando toco, estou criando uma cena na minha mente. O teatro me fez entender mais a fundo a capacidade que a música tem de criar mundos, às vezes com uma nota só”, conta ele que fez a música para a trilha da peça “Chego até a janela e não vejo o mundo”.

 

O espetáculo apresenta o encontro ficcional entre Nise da Silveira e Graciliano Ramos durante a ditadura militar, dentro de uma prisão, na cidade do Rio de Janeiro e é escrito e dirigido por Gabriella Mellão e João Wady Cury, com Erom Cordeiro e Simone Iliescu. A música é como uma janela da imaginação dos personagens, a única possibilidade deles serem livres é dentro da cabeça.

 

“Eu compus essa música durante uma turnê em Portugal, num hotel em Lisboa. Laura gravou no Rio de Janeiro e os ensaios da peça estavam acontecendo em São Paulo. Foi uma produção literalmente ‘intercontinental’. Mandei a música pra ela gravar sem muitas explicações, queria que ela fosse livre para criar comigo, livre de colocar a própria arte na música. Quando ouvi o material que ela gravou foi surpreendente, a música tinha virado outra coisa, tinha adquirido uma camada de magia, uma verdade visionária. Agora sim a composição tinha virado uma janela imaginária sobre o mundo, uma abertura mágica para qualquer lugar que quiséssemos visitar”, conta ele. Para completar o caráter internacional dessa produção, a masterização foi feita na Itália por Raffaele Neda D’Anello, no Meat Beat Studio.

 

Federico é formado em violoncelo pelo Conservatório de Aosta, na Itália. Sua carreira é marcada por três álbuns autorais notáveis: “O Canto da Madeira” (vencedor do Prêmio Catavento em 2016 como melhor disco instrumental do ano), “Marinheiro de Terra Firme” (2018), com a participação especial de Milton Nascimento, e “Crisalide” (2022).

 

Além de sua carreira solo, Federico Puppi também se destacou como co-produtor do álbum “Guelã” de Maria Gadú, que foi indicado ao Grammy Latino em 2015. Ele é co-fundador do duo YAMÍ, junto com Marco Lobo, com uma intensa atividade artística no Brasil e na Europa.

 

Puppi também tem uma presença marcante na cena teatral e cinematográfica, com composições para várias peças e trilhas sonoras de filmes, incluindo “Delicadeza é Azul” e “Ioiô de Iaiá”. Suas performances musicais também aparecem em novelas populares, como “Pantanal” e “Renascer”, da Rede Globo.

 

Em reconhecimento a essa extensa trajetória, Federico Puppi recebeu o Prêmio APTR em 2022 na categoria de Melhor Música pelo trabalho em “Em nome da Mãe” (audiovisual), e em 2023 pelo seu trabalho nas trilhas de “Ficções” e “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”. Atualmente, ele é indicado ao Prêmio Cesgranrio de Teatro, também pelas trilhas de “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”, da Cia. Dos à Deux, e por “Ficções”, dirigido por Rodrigo Portella.

 

Foi no palco, com “Ficções”, que Laura conheceu o trabalho de Puppi. Logo surgiu uma amizade e o convite para colaborar. “Quando assisti a peça Ficções eu fui arrebatada pela performance do Puppi. Além do fato de ele ser um músico incrível, até a conexão direta com o meu trabalho sobre o músico em cena, as misturas entre dança, teatro e música. Saí da peça e mandei mensagem pra ele, assim ficamos amigos.Quando ele me fez o convite para fazer essa música, fiquei surpresa, mas honrada. Acho que a música é resultado de uma troca verdadeira, de uma brincadeira séria que a gente brincou”, conta Laura.

 

Mineira de Belo Horizonte radicada no Rio, Laura é cantora, musicista, bailarina, atriz, professora, palhaça e diretora. Percussionista e vocalista da Foli Griô Orquestra, teve o disco “AJO” (com participações de Lenine, Carlos Malta e outros artistas) indicado ao GRAMMY LATINO 2019. Através  dos estudos de dança e música na Ecole des Sables, no Senegal, criou o espetáculo “Cheiro de Manga”, que foi apresentado em diversas cidades do Brasil. Seu trabalho solo em música traz uma investigação sobre o corpo que dança, que fala, que canta e que toca. Atualmente circula com o espetáculo poético-musical Proncovô, escrito e dirigido por Eduardo Moreira, e com direção musical de Sérgio Pererê.

 

O resultado dessa parceria artística, “A Janela” já está disponível em todas as principais plataformas de streaming.

 

https://www.youtube.com/watch?v=3Iln3IRaxRk&pp=ygUMcHVwcGkgamFuZWxh

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