Tecnologia do coprocessamento transforma resíduos não usados na reciclagem em energia limpa em Rio Branco do Sul (PR)

Pneus sendo coprocessados para se transformarem em energia na produção de cimento.
Divulgação.

Em 2023, a Verdera destinou pelo coprocessamento 1 milhão de toneladas de resíduos, volume equivale a 1.257 piscinas olímpicas com materiais que deixaram de ir para aterros

Celebrado em 17 de maio (sexta-feira), o Dia Internacional da Reciclagem surgiu de uma resolução da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para promover uma reflexão sobre o impacto dos resíduos no meio ambiente e promover a conscientização sobre a importância da reciclagem.

A destinação de resíduos é um dos caminhos para evitar que materiais sejam depositados de forma incorreta no planeta. Por isso, em 2010, o Governo Federal instituiu a Lei nº 12.305/10, da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece objetivos na gestão dos resíduos sólidos no país, como a redução na geração de rejeitos, impulsionamento da reciclagem e da reutilização de materiais, além da inclusão social dos catadores. Para isso, a lei estabelece hierarquia na gestão desses materiais e exige plano de gerenciamento dos municípios.

Essa hierarquia determina como prioridade a não geração de resíduos, seguido pela redução, reutilização, reciclagem, tratamento e, como última alternativa, a destinação em aterros sanitários. Dentre as opções de tratamento estão o coprocessamento, a compostagem e a incineração. O coprocessamento de resíduos é realizado na cidade de Rio Branco do Sul (PR) por meio da Verdera, unidade de gestão e destinação sustentável de resíduos da Votorantim Cimentos.

Tecnologia do coprocessamento transforma resíduos não usados na reciclagem em energia limpa em Rio Branco do Sul (PR).
Divulgação.Foto: Leonardo Rodrigues

O coprocessamento é uma tecnologia já utilizada para destinação ambientalmente correta de resíduos no Brasil e no mundo que colabora para que os resíduos não utilizados na reciclagem deixem de ser enviados para aterros, causando danos ao meio ambiente. Por meio dessa tecnologia limpa, os resíduos são completamente destruídos nos fornos da indústria cimenteira, sem restar qualquer passivo ambiental devido às altas temperaturas inerentes ao processo de fabricação do cimento. No último ano, a Verdera destinou 1 milhão de toneladas de resíduos no Brasil e na América do Norte de forma sustentável por meio do coprocessamento. Esse volume equivale a 1.257 piscinas olímpicas com resíduos que deixaram de serem enviados para aterros sanitários. A Verdera garante a segurança e rastreabilidade dos resíduos coprocessados com a entrega de um certificado de destinação final aos clientes.

“Todas as tecnologias e soluções de destinação são muito importantes para o cumprimento da hierarquia na gestão de resíduos. Elas atuam de forma complementar, buscando a colaboração de todos os agentes da cadeia produtiva para tornar esse processo muito mais sustentável e gerar um impacto positivo e permanente para o meio ambiente e para a sociedade. Estamos constantemente buscando novas formas para destinar diferentes tipos de materiais para garantir destinações mais sustentáveis para o planeta”, afirma o gerente geral da Verdera, Eduardo Porciuncula.

Ao serem transformados em energia, os resíduos deixam de ir para os aterros sanitários, onde entrariam em processo de decomposição que levaria anos e geraria gases nocivos ao planeta. A solução ambiental do coprocessamento cumpre a legislação vigente no Brasil por meio de uma tecnologia limpa, que não gera passivos e ainda transforma materiais que antes eram considerados resíduos em matérias-primas. Materiais como isopor, embalagens laminadas, materiais contaminados, alguns tipos de plásticos, entre outros, não podem passar pelo processo comum de reciclagem, mas servem como combustível alternativo para a produção industrial, incentivando a economia circular.

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