DIA 20 DE JUNHO
LOCAL: CINE TEATRO OURO VERDE
HORÁRIO: 20h
ESPETÁCULO: “HUMANA NATUREZA”
GRUPO: Ballet de Londrina
A saga humana segundo o Ballet de Londrina. Companhia oficial da cidade, uma das mais longevas do interior do Brasil, circula com o programa “Humana Natureza”, composto pelos espetáculos “Cinco” e “Bora!”, ambos coreografados por Henrique Rodovalho.
Para comemorar os trinta anos de trabalho ininterrupto e sua trajetória de sucesso, o Ballet de Londrina realizou a criação do programa “Humana Natureza”, composto pelas montagens “Cinco” e “Bora!”, ambas coreografadas por Henrique Rodovalho. Juntos, os dois espetáculos remetem à trajetória da raça humana sobre o planeta, desde a origem da vida a partir dos elementos naturais, no primeiro, até a entrada na civilização e o salto para a virtualidade.
A ideia para o projeto nasceu do fim para o começo. Em 2022, Rodovalho aceitou o convite para coreografar os dez bailarinos e, de suas investigações sobre as relações humanas no nosso tempo, marcadas pela pós-pandemia, surgiu “Bora!”, que considera um de seus espetáculos mais leves e alegres, um chamado para ir adiante – como propõe a interjeição do título. Mas também lança a enigmática pergunta: avançar para onde? Por meio desta aparente contradição, faz um estudo irônico e irreverente sobre o movimento do homem na pós-modernidade – contexto do fim das utopias e das relações líquidas.
Animada pela música eletrônica do compositor japonês Aoki Takamasa e do multiartista português Komet, a coreografia contagia, apresentando-se, em alguns momentos, como uma sequência de fotografias cinéticas que revelam a fragilidade dos afetos no século XXI, entre o desejo de pertencimento e a necessidade de manter a individualidade. É possível identificar o “efeito manada” das redes sociais, que, ao mesmo tempo que garantem o sentimento de integração com grupos de pensamento parecido, é o ambiente da solidão, dos cancelamentos, das bolhas e dos haters.
O cenário, assinado pelo coreógrafo e por Renato Forin Jr., leva ao palco estruturas luminosas que contornam um vazio branco reflexivo. Ele remete à imensidão do espaço virtual, como se os bailarinos dançassem sobre uma grande tela. Num átimo, os limites deste quadro se quebram e os movimentos do elenco contornam os leds, que flutuam em outro não-espaço – o da nuvem. Em contraste à dimensão espacial asséptica, tecnológica, os figurinos de Cássio Brasil, de São Paulo, trazem cores quentes, entre o ocre e o alaranjado, que apelam para a sedução do calor humano. Os cortes e as formas lembram a urbanidade e a juventude.
Ficha Técnica
Espetáculo: Programa Humana Natureza
Coreografia e desenho de luz: Henrique Rodovalho
Diretor e ensaiador Ballet de Londrina: Marciano Boletti
Assistente de direção e direção de produção: Danieli Pereira
Elenco: Alessandra Menegazzo, Deborah Grossmann, Higor Vargas, Ione Queiroz, José Villaça, Julia Vieira, Matheus Nemoto, Nayara Stanganelli, Viviane Terrenta e Wesley Silva.
Cenografia: Henrique Rodovalho e Renato Forin Jr.
Figurino: Cássio Brasil
Técnicos: Ricardo Grings e Marcos Martins
DIA 21 DE JUNHO
LOCAL: DIVISÃO DE ARTES CÊNICAS
HORÁRIO: 19h
ESPETÁCULO: “DANCING CUIR”
GRUPO: Curso De Artes Cênicas Da UEL
Espetáculo dos formandos do curso de artes cênicas da UEL, “Dancing Cuir” tem direção de Thais D’Abronzo.
“Preparamos uma divertida exposição dançante, onde nossas crianças irão reinventar o que aprenderam sobre anatomia corporal e sobre os verdadeiros valores familiares, cristãos e bélicos; e tudo isso fundamentado no amor e na ética que tiveram que reaprender. Este é um momento de grande importância e seriedade, pois les chiquites estão encerrando uma deliciosa etapa de aprendizado e atravessando as fronteiras da sala de aula para compor essa grande sociedade de pessoas de bem. Esperamos que essa apresentação fique guardada na memória e no coração de papis y mamis. Por fim, a turma XXII Cu-de-Cuir dedica suas dancinhas y deboches a todas las mariquitas y viadas que já nasceram y as que estão por vir. Podem vir, estamos aqui!”
Ficha Técnica:
Direção: Thais D’Abronzo
Assistência de direção: Mariana Pavanello e Cajuzinho Sucuri
Les Mariquites Hermosas: nani naan, Fernanda Franz, Bê Maria, Júlia Lise, MaJules Ferretti, Gustavo Checon, Maria Rita Moreira, Gabriela Rafael, Lilie Pessoa
Figurinos: Lilie Pessoa
Design sonoro da faixa “selva das criaturas” a partir de “Welcome” de Cibelle – Gustavo Checon
Iluminação: Feliipe Fernandes, João Otávio e Luis Sandrim
Técnico em iluminação: Guilherme Mantovani
Arte gráfica: Lilie Pessoa
Contraregragem: Emílio Negreiros e Stavros Augusto
Realização: Disciplina de montagem teatral do curso de Artes Cênicas da UEL
LOCAL: CINE TEATRO OURO VERDE
HORÁRIO: 20h30
ESPETÁCULO: LENO QUERIA NASCER FLOR
GRUPO: Às De Paus
Um grande saco de lixo perambula pelas ruas quebrando a lógica e a normatividade da cidade. Este amontoado de entulho se assenta no meio do passeio público e dele surge a figura de Leno, um andarilho que ocupa o espaço público estabelecendo relações com o lugar e com as pessoas.
Revirando todo o lixo que carrega, descobre personagens e histórias reais ou inventadas, que revelam seu imaginário e desencadeiam reflexões profundas sobre aspectos de nossa humanidade. Este ser, cuja presença é subjugada diante de olhos preconceituosos, só quer seguir seu caminho com sua dança e seu grito para nascer flor.
Em 2023, o artista e produtor cultural Rogério Francisco Costa estreou seu
experimento cênico Leno Queria Nascer Flor, que lhe rendeu a indicação para o Troféu Gralha Azul 2023 na categoria de Melhor Ator. Esta obra representa a síntese de sua trajetória artística que, em 2024, completa 25 anos. Esta obra é o resultado de um processo criativo genuíno do Artista de Rua “Pé Vermelho”, que integra a companhia londrinense Núcleo Ás de Paus desde sua fundação em 2008.
Ficha Técnica:
Concepção e Atuação: Rogério Francisco Costa
Dramaturgia: Yara Camillo
Articulação de Pesquisa e Orientação de Cena: Vanéssia Gomes
Figurino: Rogério Francisco Costa e Ana Carolina Ribeiro
Assistente de Figurino: Daniele Stegmann
Assistente de Produção: Camila Feoli
DIA 22 DE JUNHO
LOCAL: DIVISÃO DE ARTES CÊNICAS DA UEL (ESTACIONAMENTO)
HORÁRIO: 18h
ESPETÁCULO: AUTO TEATRAL – TENTATIVAS
GRUPO: Curso de Artes Cênicas da UEL
O tempo da arte ressalta o caráter salvífico da humanidade. Segundo a tradição teatral, o que antecede a apresentação é o tempo de preparação. O teatro foi, é e sempre será uma trajetória de tentativas. Eis aqui a nossa tentativa.
Ficha Técnica:
Elenco: Emílio Negreiros, Felipe Fernandes, Gabriel Reis, Sebastian Vitagliano, Thais Fernanda da Silva
Coordenação e Direção: Adriane Maciel Gomes
Operação de Luz: Luis Sandrim
Operação de Som: Maria Julia Pacco
LOCAL: DIVISÃO DE ARTES CÊNICAS DA UEL
HORÁRIO: 19h
ESPETÁCULO: NUSHU
GRUPO: Cia Cuerpo Abierto – Bogotá, Colômbia
Celebrar as vidas e jornadas de mulheres incríveis – conhecidas ou anônimas! Essa é a razão de ser deste cabaré, no qual uma mulher conta histórias de mulheres de diferentes lugares – e séculos – misturadas com suas próprias vivências e convida o público a um passeio por canções brasileiras que se tornaram referência pela voz de algumas de suas maiores intérpretes.
Cuerpo Abierto Teatro é um coletivo artístico colombiano-brasileiro fundado por César Amézquita e Camila Scudeler no ano de 2014. O grupo começou como um laboratório de treinamento do corpo para a cena a partir de múltiplas inquietações no trabalho autoral geradas paralelamente ao trabalho que ambos desenvolviam como Atores-Criadores no Teatro La Candelária, em Bogotá/Colômbia, entre os anos 2010 e 2020.
Em 2016 estreou sua primeira peça, “La Primavera de las Moscas” com dramaturgia e direção de César Amézquita e atuação dele e de Camila Scudeler e música ao vivo de Víctor Torres. Este trabalho foi apresentado na Colômbia e na Argentina. O grupo é co-produtor, juntamente com o grupo Arlequins do Brasil, da obra “Iara – a dialética do mito”, apresentada em festivais e temporadas na Colômbia (Tunja, Bogotá, Medellín, Marinilla), Cuba, Argentina e Brasil.
Ficha Técnica:
Produção: Cuerpo Abierto Teatro
Direção: César Amézquita
Atuação e dramaturgia: Camila Scudeler
Assessoria dramatúrgica: Adriana Urrea
LOCAL: CINE TEATRO OURO VERDE
HORÁRIO: 20h
ESPETÁCULO: “RÉQUIEM PARA UM BARBEIRO”
GRUPO: Os Palhaços de Rua
Em um cenário desolador, José, um jovem barbeiro, enfrenta desafios que oprimem e desesperançam. Ele se vê envolvido em situações que despertam raiva e desilusão, levando-o a questionar sua fé no mundo ao seu redor. Em meio a um ambiente deteriorado, onde ideais humanistas parecem ter sido perdidos, José passa por uma transformação que revela seu instinto mais primitivo de sobrevivência.
Ficha Técnica:
Atuação, dramaturgia e produção: Adriano Gouvella
Direção, sonoplastia e maquiagem: Daniele Pezenti
Figurino: Alex Lima
Cenário: Dan Bueno
Iluminação: Lucas Turino
Preparação vocal: Fabrício Fonseca
DIA 23 DE JUNHO
LOCAL: DIVISÃO DE ARTES CÊNICAS DA UEL
HORÁRIO: 19h
ESPETÁCULO: PRETA DE LEITE CANTANDO E CONTANDO NITIS JACON
GRUPO: Edna Aguiar
Preta do Leite foi inspirada em uma personagem que existe no imaginário da cultura popular, presente em vários lugares do país, principalmente no Paraná e em Minas Gerais. Conta de uma Preta muito falante que saía ainda de madrugada de sua casa para levar leite de porteira em porteira, de sítio em sítio, mas às vezes quando chegava ao fim da viagem o leite já estava coalhado de tanto que ela parava pra prosear e contar as novidades.
Ela cumpria a função de informar as pessoas do que acontecia dentro dos seus
territórios, funcionava como uma rádio ambulante. Nesta edição Preta do Leite recontará histórias e causos vividos por pessoas que conviveram com esta mulher notável e tão importante para a cultura londrinense, Nitis Jacon.
Ficha Técnica:
Criação, Pesquisa e Contação: Edna Aguiar
Encenação: Guilherme Kirchheim
Produção: Rita Moreira
LOCAL: CINE TEATRO OURO VERDE
HORÁRIO: 20h30
ESPETÁCULO: AS TRÊS MARIAS
GRUPO: Cia do Terno
O espetáculo aborda a vida de três mulheres da família da atriz Ana Karina Barbieri. Como mulheres comuns, enfrentaram trajetórias e adversidades corriqueiras, mas o que as torna especiais para além do laço afetivo? Partindo desta pergunta- chave, a atriz faz um mergulho autobiográfico na sua lembrança e na sua gênese, trazendo à tona a força da mulher comum em seu
corpo e que passa de geração a geração. Presentes no pulsar da sua própria vida, a dramaturgia considera estas mulheres heroínas em seu tempo e lugar. Dessa forma, o espectador é instigado a revisitar a vida dessas mulheres: como foram os seus homens, suas lutas, suas solidões, seus medos e seus atos de coragem?
Ficha Técnica:
Criação: Ana Karina Barbieri
Direção: Aguinaldo de Souza
Iluminação: Carol Vaccari
Sonoplastia e operação de mídias: João Mosso
Produção: Arlekino Produção Cultural
Realização: Cia do Terno de Dança-Teatro
Ingressos: Gratuitos*
*Retirar a partir das 17h30 na DAC (Av. Celso Garcia Cid, 205) e 19h no Teatro Ouro Verde (R. Maranhão, 85)