O número de empregados no setor subiu 1,4%. Parte da melhora do setor está ligada ao aumento expressivo de internações e cirurgias pelo SUS, de 57,6% e 65,2%, respectivamente
O consumo de dispositivos médicos, no Brasil, teve alta de 10,5% nos três primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2023. Os dados estão no Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), que acaba de ser divulgado. Entre os segmentos que compõem o setor, Reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro tiveram o maior crescimento (29%), seguido de Materiais e equipamentos para a saúde (1,7%) e Próteses e implantes – OPME (1,4%).
Boa notícia também nos negócios internacionais. O país importou 19% mais produtos para a saúde entre janeiro e março, do que no primeiro trimestre no ano passado. Foram comercializados quase US$ 2 bilhões. As exportações de dispositivos médicos somaram US$ 190 milhões, uma alta de 11%, no período em questão.
Apesar do recuo de 5,5% na produção nacional, o primeiro trimestre empregou mais. O crescimento foi de 1,4%, com a abertura de 1.980 vagas nas atividades industriais e comerciais do setor de DMs, totalizando o contingente de 146.577 trabalhadores nesse mercado, número que não inclui os empregados em serviços de complementação diagnóstica e terapêutica.
“O crescimento do setor no primeiro trimestre é atribuído ao crescimento de 29% na atividade do segmento de reagentes. A retomada de internações e cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também contribuiu positivamente para a maior utilização de produtos médico hospitalares”, afirma o presidente executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.
Segundo o Boletim, foram realizadas 3,2 milhões de internações no SUS, entre janeiro e março deste ano. Destaque para as internações para “Métodos de diagnósticos em especialidades”, com alta de 92,1%.
Entre janeiro e março deste ano aconteceram 1,4 milhão de cirurgias pelo SUS, sendo as dos olhos que apresentaram a maior alta: 97,2%, seguidas das cirurgias bucomaxilofaciais (90,2%) e pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutâneo e mucosa (85,4%).
Já o número de exames ambulatoriais teve aumento de 2,7%, no primeiro trimestre deste ano – 301 milhões. O “diagnóstico por tomografia” no SUS cresceu 10,5%. E com o aumento dos casos de dengue, no mesmo período, a realização de “diagnósticos por testes rápidos” registrou alta de 6,9%.
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