Estudo da Kantar visa entender movimento de doações destinadas ao Estado
Entre maio e junho deste ano, a população do Rio Grande do Sul sofreu com enchentes e alagamentos. A tragédia, no entanto, também evidenciou a solidariedade do povo brasileiro. Prova disso é que 17,6 milhões de domicílios declararam ter doado itens e dinheiro ou ajuda pessoal. É o que aponta um levantamento da Kantar, líder em dados, insights e consultoria.
O estudo, que buscou entender a onda solidária, descobriu que o item mais doado pelos brasileiros foi água, com 30% das contribuições. Em seguida, aparecem alimentos (22%), produtos de higiene pessoal (21%), fraldas (7%), artigos para pets (5%) e medicamentos (5%).
A população, inclusive, se importou em não doar qualquer produto: 28% escolheram itens de empresas que costumam comprar para seu lar, com destaque para as categorias de alimentos (39%), higiene pessoal (36%) e pets (25%).
Os itens foram enviados, principalmente, por meio de campanhas realizadas por empresas, condomínios, escolas, igrejas, entre outros. Esse grupo representou 38% das doações. Na sequência, estão frete particular (19%), ações do Governo (13%) e Correios (12%).
A região do País que mais contribuiu com os donativos foi a Sudeste (62%), seguida por Norte e Nordeste (19%), Sul (14%) e Centro-Oeste (5%).
Os brasileiros declararam que se sensibilizaram, especialmente, por conta das notícias veiculadas na TV (40%). Redes sociais (34%), ações em condomínios, empresas, igrejas e outros estabelecimentos (25%) e campanhas de supermercados (11%) completam a lista.
Entre as pessoas que não contribuíram com doações, por sua vez, 61% alegaram restrição financeira e 17% afirmaram não confiar que a doação chegaria ao destino.
A Kantar também questionou se os brasileiros continuarão contribuindo com as vítimas do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, 55% das pessoas disseram que seguirão acompanhando e disponíveis para contribuir com itens, enquanto 10% acreditam que a indústria é quem deveria ajudar no controle dos danos.