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Chocolate pode ser Vilão? Saiba como identificar seus benefícios e riscos

Chocolate pode ser Vilão?
Crédito: Envato

Em 07 de julho é celebrado o Dia Internacional do Chocolate. Dizem os historiadores que a data está associada à chegada do produto na Europa, no século XV, quando causou um alvoroço entre os nobres, que o batizaram de “ouro negro”. O chocolate passou a ser símbolo de status entre os aristocratas e agora sabemos que não estavam errados em valorizar a iguaria.

Mas a história do cacau – a principal matéria-prima do chocolate – começou A.C. A fruta era considerada sagrada e fez parte da cultura dos povos Maias e Astecas, durante cerimônias religiosas, quando era servido torrado com especiarias e mel.

Hoje, o chocolate é unanimidade no mundo inteiro, mas pode chegar até a ser controverso, quando se compara um alimento saudável com uma formulação, às vezes, rica em ingredientes não tão benéficos. “Alguns dos potenciais malefícios ao organismo estão associados, justamente, ao que podemos simplificar como os chocolates pobres em cacau e ricos em gorduras, açúcar e aditivos, principalmente nas versões ao leite a branca”, alerta o Prof. Dr. Durval Ribas Filho Médico Nutrólogo, Fellow da Obesity Society FTOS – USA e Presidente da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia.

Felizmente, o paladar dos consumidores tem mudado e a opção pelas versões mais amargas – com maior teor de cacau – tem atraído por unir não apenas sabor, mas garantir benefícios para saúde. Os orgânicos e acima de 70% de cacau, antes mais difíceis de serem encontrados, são comercializados em maior escala e por não conterem conservantes – para manter sua vida útil nas prateleiras – são feitos para um consumo mais imediato.

“É uma tendência que tem se consolidado de uma forma gradual. Apreciar um chocolate mais amargo é uma questão de cultivar um novo hábito, assim como quando se deixa de adoçar o café. Também há cada vez mais estudos científicos mostrando que o chocolate, quanto mais amargo melhor para a saúde, pois contém menos açúcar, leite e gordura. Preservando estas substâncias favoráveis do cacau, o torna um alimento mais saudável, capaz de proporcionar prazer e auxiliar o bem-estar do organismo. O ideal é uma pequena porção diária, de cerca de 30 a 40 gramas, a partir de 70% cacau”, explica o especialista, que analisa o lado bom e o ruim do chocolate.

Chocolate do Bem

  • Mais Cacau– O mais escuro e amargo, contêm mais compostos benéficos como vitaminas, esteróis, fosfolipídios, alcaloides e polifenóis, que apresentam efeitos antioxidantes, anti-hipertensivos, anti-inflamatórios, antiaterogênicos e antitrombóticos.
  • Coração no ritmo – Os polifenóis são uma das principais substâncias do cacau e trazem benefícios cardiovasculares e cognitivos, devido seu efeito antioxidante.
  • Menos Stress e Mais Bem-estar – O cacau contribui para liberação dos hormônios do prazer: serotonina, endorfina e dopamina, além da redução da ansiedade e stress.
  • Circulação em Dia – Há um ganho no fluxo arterial, graças às propriedades vasodilatadoras, o que auxilia para um equilíbrio da hipertensão.
  • Energia Renovada – A teobromina e a cafeína são substâncias estimulantes e ajudam na disposição física.
  • Cérebro Protegido – Contribui para melhorar a concentração, a memória e a prevenção de doenças cerebrais.
  • Atenção ao rótulo – O primeiro ingrediente é o que está mais presente na fórmula. Por isso, nos chocolates mais amargos a massa de cacau deve encabeçar esta lista, antes do açúcar e gordura.
  • Diversidade  Para as pessoas veganas ou os portadores de intolerância ao glúten ou lactose há chocolates à base de soja ou produzidos a partir da alfarroba, fruto semelhante a uma vagem de feijão, de onde se extrai a polpa, que é torrada e moída para obter o pó utilizado em substituição ao cacau.
  • Crie o Hábito – Não é fácil abrir mão do chocolate ao leite, pelo seu sabor mais doce e maciez, devido à gordura. Comece devagar por percentuais de 40% de cacau até chegar aos 70%, o patamar base para se ter os benefícios para saúde. Mas ainda há opções até 100%, para quem quiser provar.

Chocolate do Mal

  • Sem Excesso– O consumo do chocolate por impulso pode interferir no controle de doenças como o diabetes e no ganho de peso, em versões com alto teor de açúcar e gordura, além de estimular uma compulsão alimentar.
  • Dor de Cabeça – Pessoas com enxaqueca podem ter os sintomas acentuados por conta da cafeína, feniletilamina e tiramina, substâncias características do cacau.
  • Doenças Gastrointestinais – O consumo deve ser controlado para não agravar problemas como gastrite, refluxo e Síndrome do Intestino Irritável.
  • Risco de Alergias – Atenção aos intolerantes à lactose e mesmo castanhas, pois estes ingredientes podem fazer parte da composição do chocolate em suas diferentes versões, como tabletes ou bombons.
  • Pode Viciar  É um risco, quando se consume o chocolate para saciar apenas o desejo e ter a sensação de bem-estar, mesmo sem ter fome, pois há um aumento na liberação de serotonina no cérebro. Este descontrole pode causar uma dependência ou compulsão alimentar, transtorno associado à saúde mental, e que ativa gatilhos emocionais como ansiedade, tristeza, medo e alegria.