Na capital paranaense, os números mais atualizados do Inpespar apresentam um aumento de 0,9 p.p. no trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterio
O índice que revela a Locação Sobre Oferta (LSO) de imóveis comerciais em Curitiba no último trimestre foi de 7,6%, um crescimento de 0,9 ponto percentual (p.p.) em comparação ao mesmo período de 2023, que foi de 6,7%. A análise das negociações de imóveis em relação ao número de ofertados faz parte da pesquisa mais recente do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR.
De acordo com Marilia Gonzaga, vice-presidente de Locação e Administração Imobiliária do Secovi-PR, os dados revelam uma tendência de mudança do perfil de imóvel. “Além do indicador de uma retomada do comércio na capital paranaense, também observamos uma mudança de perfil, pois comércios mais novos, com melhor infraestrutura, como portaria e estacionamento, e bem conservados são pontos atrativos para os investidores”, analisa.
Já o LSO residencial foi de 21,5% e teve um aumento de 1,5 p.p. em relação ao mês de abril deste ano (20%). A partir desse índice, os dados também revelam os tipos de imóveis com o maior LSO residencial, que foram os apartamentos com dois dormitórios (24,3%) e as casas de alvenaria com três dormitórios (22,5%). “Os dados refletem diretamente na velocidade de locação, que continua alta. As plantas com dois quartos, por exemplo, levavam, em média, 63 dias para serem locadas em 2022 e 41 dias em 2023. Já no mesmo período de 2024, a quantidade de dias caiu para 31 dias”, ressalta Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR.
Ainda sobre a pesquisa, o dado que demonstra a valorização dos imóveis em Curitiba, o ticket médio, segue em um alto patamar. A média total das locações em maio foi de R$2.083, um crescimento de 2% em relação ao mês anterior (R$2.042). A valorização das propriedades residenciais passou de R$1.914 para R$1.931, um aumento de 0,9%. “A tendência é que o mercado continue nessa mesma curva, pois a rentabilidade dos imóveis está cada vez maior, o que reflete positivamente para investimentos no segmento”, avalia Tomazini.
Bairros mais procurados – Tanto nas negociações de locações residenciais, quanto nas comerciais, o Centro lidera a lista de bairros mais desejados com uma representação de 17% e 23,7%, respectivamente.
Dando sequência nos locais mais procurados para o comércio, o Centro Cívico (10,2%) e o Batel (6,8%) completam os três mais buscados. Hauer (5,9%), Alto da XV, Rebouças (5,1% cada), Água Verde e Boa Vista (4,2% cada) também se destacaram no período analisado.
No resultado dos bairros mais procurados para a locação residencial, o Bigorrilho (5,3%) aparece em segundo lugar, Água Verde e CIC (4% cada) ocupam o terceiro lugar. Em seguida, Portão (3,3%), Cristo Rei, Rebouças (3,1% cada), Batel (2,9%) e Santa Cândida (2,6%) foram bairros que chamaram a atenção dos locadores e locatários.