Neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer mais comum em crianças e adolescentes 

O neuroblastoma é um câncer infantojuvenil que se forma a partir de mutações em células nervosas imaturas do sistema nervoso simpático, que é responsável pelos movimentos involuntários como os da respiração, da digestão e dos batimentos cardíacos. Mais frequentemente, o neuroblastoma ocorre no abdome e desenvolve-se no tecido nervoso das glândulas suprarrenais, que estão localizadas na parte superior dos rins. Também pode ocorrer no tecido nervoso do pescoço, tórax ou pelve. É terceiro tipo mais comum (fica atrás somente das leucemias e dos tumores cerebrais), representando 8% a 10% dos cânceres infantojuvenis.

A oncopediatra Alejandra Adriana Cardoso de Castro, do COP – Centro de Oncologia do Paraná, informa que esse tipo de tumor costuma aparecer principalmente na primeira infância – estatísticas apontam que cerca de 90% dos casos ocorre entre crianças de até cinco anos. “Vale destacar que cerca de 1% a 2% de pacientes têm neuroblastoma hereditário comumente causado por uma mudança ou mutação no gene ALK, PHOX2B, entre outros. Crianças com neuroblastoma hereditário têm 50% de chance de passar o gene para seus filhos”.

Em 90% dos casos, a doença ocorre entre crianças de até cinco anos.

Os sinais e sintomas do neuroblastoma dependem da localização do tumor e da idade da criança, podendo ser protuberância (massa ou inchaço) no pescoço, tórax ou abdome; olhos esbugalhados ou olheiras ao redor dos olhos; dor de estômago; irritabilidade; diminuição do apetite; constipação; fraqueza nas pernas.

Outros sinais são o aparecimento de hematomas ou síndrome de Horner, fraqueza em geral, febre, anemia, perda de peso, hipertensão, diarreia crônica, cefaleia, tosse, dificuldade para respirar, dormência nos membros e dor nos ossos

A forma de tratamento do neuroblastoma vai depender do estágio que estiver, por exemplo, se doença se espalhou do tumor principal. “Algumas crianças podem ser tratadas somente com cirurgia, porém, pacientes com doença mais grave podem precisar de um tratamento intenso, que inclui cirurgia, quimioterapia, radioterapia e/ou imunoterapia”, destaca Alejandra Adriana Cardoso de Castro, oncopediatra do COP.

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