Nissei Run: corrida que celebra 38 anos da rede de farmácias supera expectativas com inclusão e solidariedade em foco

Evento arrecadou mais de 2,5 mil itens de higiene e R$ 4,9 mil para pessoas em situação de vulnerabilidade

Recentemente, Curitiba sediou a segunda edição da corrida solidária Nissei Run, que superou a expectativa de participantes e reuniu mais de 2,7 mil atletas apaixonados pelo esporte em um domingo gelado, com termômetros marcando 3°C. Com foco em solidariedade, o evento arrecadou R$ 4,9 mil em doações, que foram destinadas à Associação Cristã de Assistência Social (Acridas), entidade que atua na promoção integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco social. Além disso, a rede de farmácias doou um item de higiene a cada inscrição realizada.

A Honest Shop foi criada como um dos meios de promover a solidariedade no evento. A iniciativa começou com a doação de remessas de produtos de marcas exclusivas da Nissei (Cuidmais, Fresha, Aishy, Uni Buni Tê e Goood+), disponibilizados em um estande no local da corrida para visitantes e atletas. Os itens foram expostos sem preço fixo, permitindo que cada pessoa contribuísse com o valor que desejava para adquiri-los, utilizando o PIX como forma de transação direta com a entidade social responsável. No total, a Honest Shop arrecadou cerca de R$ 4,9 mil para Acridas.

“A promoção da saúde e da solidariedade são pilares fundamentais do nosso DNA. Por meio da Honest Shop, não apenas promovemos a doação, mas também incentivamos a honestidade e o apoio mútuo. Ver a comunidade se engajar dessa forma, ajudando aqueles que mais precisam, é extremamente gratificante e demonstra que estamos no caminho certo”, destacou Alexandre Maeoka, CEO da Nissei.

Inclusão social – O evento não apenas promoveu solidariedade, mas também incentivou a inclusão de atletas com deficiência, como Luzia Prado de Oliveira, uma triatleta de 46 anos que é deficiente visual total. Sua motivação inicial para começar a correr foi melhorar sua saúde, combatendo altos níveis de colesterol e excesso de peso.

“Comecei a correr há 9 anos e me apaixonei pelo esporte, chegando até a me tornar triatleta. Geralmente participo de corridas de 10 km, mas desta vez optei pelos 5 km”, revela. Ela é acompanhada durante suas corridas por seu “olho amigo”, Vanderson Martins Sípoli, atleta guia da assessoria esportiva Fera’s Team, que a auxilia desde 2021.

“Para mim, pessoas cegas podem correr e alcançar qualquer objetivo que desejarem. Não há limites, apenas determinação. Então, vamos sair do sofá, movimentar o corpo, porque faz bem para a alma, para o coração e, principalmente, para a saúde”, destaca a atleta.

A Nissei Run reforçou a inclusão de pessoas com deficiência por meio da parceria com a assessoria Pernas Solidárias CWB, agora em seu segundo ano de participação no evento. Este ano, o projeto contou com a participação de 15 triciclos, utilizados por um atleta PCD acompanhado por uma dupla condutora, além da presença de um atleta na modalidade cadeirante conduzido. A presidente do projeto, Sayuri Yamada, enfatiza a importância da parceria com os organizadores de eventos e o suporte de condutores especializados para garantir a inclusão dessas pessoas no esporte.

“Estar presente nos cursos mensais de formação de condutores é fundamental para quem deseja conduzir um atleta PCD. Nas aulas, os participantes aprendem a montar e desmontar diferentes tipos de triciclos, além de receber treinamento para conduzir com segurança em diversos ambientes. É essencial para os familiares dos deficientes terem a tranquilidade de saber que seus entes queridos estão sob cuidados de pessoas capacitadas para lidar com qualquer situação com segurança”, explica Sayuri.

Entre os participantes do Pernas Solidárias CWB, destaca-se Kaio Mileke Wolf, um jovem de 13 anos que enfrentou sua primeira prova, completando 5 quilômetros e alcançando o segundo lugar na categoria PCD. Kaio, que teve hemiplegia na infância, compartilha o entusiasmo pela corrida.

“Gosto de correr no parque, especialmente com a minha mãe, que também é minha treinadora. Para quem está começando na corrida, eu recomendo começar com um trote leve e gradualmente aumentar a intensidade”, destaca.

Sua mãe, Priscila Mileke, salienta o papel fundamental do apoio familiar e os benefícios positivos que a corrida trouxe para a vida do atleta mirim. “Um tio que adora correr motivou todos nós a participar. Minha irmã, meu marido, meu outro filho e agora o Kaio também estão envolvidos. Apesar de ele estar dando os primeiros passos na corrida, atualmente ele não conseguiria correr 5 km direto, por isso inserimos ele no projeto. Sempre digo que uma família que corre é uma família mais feliz”, afirma.

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