A Sambaqui Cultural acaba de ganhar uma nova sede em Curitiba. Há 20 anos no mercado, a produtora audiovisual passa a funcionar em um conjunto comercial da rua Tibagi, na região central. O espaço foi inaugurado na última sexta-feira (05), com um coquetel promovido para colaboradores e convidados. “Nós viemos para esse local em maio, durante a pré-produção do longa-metragem ‘Rumor’, mas só agora fizemos o open office. O set de filmagem exige o máximo de dedicação de toda a equipe”, explica Joana Nin, sócia-fundadora da empresa.
Na ocasião, foi exibido o premiado documentário “Visita Íntima”, primeiro projeto audiovisual da empresa, filmado no complexo penitenciário de Piraquara/PR, em julho de 2004. “Pela primeira vez no Brasil, mostramos a realidade de mulheres livres que mantêm relacionamentos amorosos com presos. O documentário ganhou melhor filme no 1º festival que concorreu e depois colecionou 21 prêmios”, lembra.
Considerada uma das cinco maiores produtoras de conteúdo audiovisual voltado ao entretenimento do Paraná, a Sambaqui não para de crescer. Este ano, o sócio Ade Muri deixou a prestação de serviços em uma grande empresa do Rio de Janeiro para se dedicar com exclusividade aos novos projetos da empresa, que envolvem a realização de três longas de ficção. Enquanto filma o thriller “Rumor”, estrelado por Giulia Benite (de “Turma da Mônica”), a empresa está em pós-produção do drama “Torniquete”, dirigido por Ana Catarina Lugarini e estrelado por Sali Cimi e Marieta Severo, e já prepara a pré-produção de “Tropicana” para 2025, projeto que envolve filmagens internacionais.
E não é só isso! Dois documentários de longa-metragem estão prontos para ganhar as salas de cinema entre o final de 2024 e o início do ano que vem. Trata-se de “Os 80 Gigantes” e “Noel Rosa – um espírito circulante”. “Desde o ano 2000, me dediquei a mais de uma centena de grandes produções do cinema nacional, na área da coordenação e gerenciamento da finalização e pós-produção. Hoje, me sinto muito bem e seguro para aplicar todo o meu conhecimento à realização dos nossos filmes”, declara Ade.
O foco da empresa são projetos de impacto, realizados com personalidade e responsabilidade social, financiados por editais de empresas e fundos públicos, principalmente o Fundo Setorial do Audiovisual – FSA, gerenciado pelo MinC (Ministério da Cultura) e pela ANCINE (Agência Nacional de Cinema) e operacionalizado pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
A Sambaqui Cultural cresceu a partir das políticas públicas brasileiras voltadas ao setor, inclusive àquelas dedicadas à regionalização da produção audiovisual. “É fundamental que todo o Brasil possa se reconhecer nas telas e que existam novos polos de produção, para além do eixo Rio-São Paulo”, defende Joana, que dirige a maior parte dos filmes da produtora.
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