Trabalho desenvolvido nas escolas municipais quer manter bons números
Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que Quatro Pontes é o segundo lugar com o menor número de analfabetos em todo o Paraná, atrás apenas de Curitiba. Agora, um projeto desenvolvido junto às escolas do município tem como objetivo contribuir para a alfabetização de crianças na idade prevista pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Quatro Pontes tem, hoje, apenas 1,6% de analfabetos na população, enquanto Curitiba, que ocupa o primeiro lugar, tem 1,5%. Para a diretora da Escola Municipal Dona Leopoldina, Paula Rejane Fulber Becker, é preciso reduzir ainda mais o número. “Estamos muito felizes com esse resultado, mas precisamos garantir que, no futuro, ele seja ainda melhor. Por isso, investir em um processo de ensino e aprendizagem sólido nas escolas públicas é fundamental. Afinal, ensinar as crianças a ler e escrever na idade certa é o cenário ideal para combater o analfabetismo”, afirma.
Desde 2014, Quatro Pontes utiliza o Sistema de Ensino Aprende Brasil em todas as escolas municipais, da Educação Infantil, G1, ao 5º ano do Ensino Fundamental. A diretora pedagógica da Aprende Brasil Educação, Acedriana Vogel, lembra que um bom acompanhamento pedagógico é uma das formas de garantir resultados positivos na Educação. “Nossa consultoria pedagógica anda lado a lado com os objetivos definidos pela Secretaria de Educação do município. Esse trabalho ajuda a assegurar que os educadores tenham claros quais são os próximos passos no ensino”, destaca.
Um dos grandes desafios, quando se fala em Educação, é lidar com os diferentes níveis de aprendizagem dos estudantes. Em uma mesma sala de aula, elas se desenvolvem em ritmos diferentes, com dificuldades diversas. Entender esse cenário e aprender a lidar com ele é tarefa árdua para os professores. “Falando sobre alfabetização, podemos ver algumas crianças que lêem, mas não escrevem, enquanto outras fazem ambos, mas não interpretam o que estão lendo. Há, ainda, casos em que a criança lê e escreve, mas comete erros ortográficos além do que seria considerado normal. Então, é preciso equalizar a aprendizagem”, explica Acedriana.