Após estiagem prolongada, produtora rural aproveitou a umidade do solo para fazer plantio da soja
As condições climáticas recentes, marcadas por chuvas moderadas, favoreceram o avanço do plantio da primeira safra de milho e soja no Paraná para a temporada 2024/25. O progresso foi especialmente percebido no cultivo do milho, enquanto o plantio da soja ainda enfrenta desafios devido à irregularidade das chuvas. Com a continuidade das precipitações de primavera, espera-se que o plantio se intensifique no Brasil.
De acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Paraná, cerca de 30% da área destinada ao milho já foi semeada, de um total de 267,7 mil hectares. A produção estimada para o milho no estado é de 2,703 milhões de toneladas. Atualmente, as plantas de milho encontram-se nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo.
A situação da soja apresenta um cenário um pouco mais cauteloso. O mês de setembro começou com períodos de seca, o que atrasou o início do plantio em várias regiões. No entanto, as chuvas recentes, embora insuficientes em algumas áreas, já permitiram o início de trabalhos isolados de plantio. Até o momento, aproximadamente 1% da área no Paraná, que abrange 5,8 milhões de hectares, foi plantada. As projeções indicam uma produção de 22,3 milhões de toneladas de soja no estado. No contexto nacional, o plantio da soja avança em ritmo mais lento.
A família da produtora rural Suelen Pontelo Gasparotto, na região de Cascavel (PR), que cultiva soja e milho no Paraná e no Mato Grosso, aproveitou a umidade dos últimos dias para intensificar o plantio da soja no Paraná. “Viemos de uma estiagem prolongada em várias regiões do país. No Paraná, a chuva da semana passada ajudou bastante no plantio. Portanto, o clima será um fator determinante para a continuidade da semeadura e, consequentemente, para o sucesso da safra”, explica a produtora.
No Paraná, Suelen destaca que as chuvas estão contribuindo para o desenvolvimento das plantas. “A previsão é de um veranico entre 15 de janeiro e 15 de fevereiro, mas, como estaremos colhendo a soja nesse período, não deve nos afetar. Já no Mato Grosso, será preciso redobrar a atenção, pois a colheita lá demora um pouco mais”, afirma.
Além das questões climáticas, a produtora também ressalta a importância da logística e das tecnologias para o sucesso da safra. Ela comenta o uso de equipamentos precisos para medir a umidade dos grãos, garantindo maior controle no momento da colheita. “O aparelho medidor de umidade traz maior transparência ao processo de comercialização do grão. Se o desconto pela umidade for maior em uma cooperativa, podemos optar por entregar em outro lugar. Ter um medidor de umidade regulado pelo Inmetro é um diferencial para alcançar maior rentabilidade”, destaca Suelen, ressaltando a importância de ser resiliente e se adaptar às constantes mudanças climáticas no campo.
Outro ponto importante a destacar refere-se à colheita. Para garantir a qualidade do cultivo de soja, por exemplo, recomenda-se a colheita quando as sementes atingem uma umidade compatível com a trilha mecânica, entre 13% e 15%, uma faixa relativamente segura para minimizar injúrias mecânicas aos grãos durante a colheita. Os danos aumentam quando o teor de água é superior a 18% ou inferior a 13%.
O mesmo vale para o milho, cuja colheita pode ser realizada com umidade entre 16% e 18% de umidade. Nesse caso, é necessário que os grãos passem por um processo de secagem artificial, caso sejam colhidos com índices superiores a esse, até atingirem a umidade de 14% para armazenamento.
Uma coisa é certa: quanto maior o volume de grãos, mais eficiente deve ser o planejamento da colheita e armazenagem, afirma Fernanda Rodrigues da Silva, gerente de relacionamento da Loc Solution, empresa detentora da marca Motomco, especializada em medidores de umidade.
Os medidores de umidade de grãos são uma tecnologia que vem ajudando muitos produtores a determinar o momento certo da colheita, assim como cooperativas e tradings a comercializar os grãos com maior segurança. “Os equipamentos fornecem o resultado da medição de umidade em tempo real, permitindo maior assertividade e rastreabilidade desde a colheita até o armazenamento dos grãos”, afirma Fernanda. “Por isso, é essencial monitorar a umidade em todas as áreas de cultivo. Os aparelhos possuem tecnologia avançada, oferecendo facilidade de uso e precisão nos resultados”, completa.
Loc Solution – A Loc Solution, com sede em Curitiba, é a detentora da marca Motomco de medidores de umidade de grãos. A empresa fabrica, comercializa e aluga os equipamentos, sendo referência em diversas regiões agrícolas do país. De origem canadense, a Motomco é líder nacional no segmento de medidores de umidade de grãos. Mais informações podem ser encontradas em motomco.com.br.