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Serralheria: acerte a mão com essa referência no décor de interiores

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Tendência dentro de tendência: O uso de perfis metálicos minimalistas, designs modulares e a incorporação de tecnologia nas estruturas metálicas, é marca registrada desse chalé executado pelo escritório Korman Arquitetos nesse chalé localizado em Campos do Jordão | Foto: Gui Morelli

Ao alçar o status de atemporal, o material se tornou queridinho tanto por sua estética, como pela possibilidade combiná-lo com diversos estilos, detalhes decorativos, padrões e texturas únicas

A serralheria é extremamente versátil e pode ser adaptada dentro de um amplo espectro de estilos arquitetônicos. Vista muitas vezes como ‘industrial e moderno’ é marcado por linhas limpas e metal aparente, seu apelo estético atrai moradores e profissionais da área. Nesse loft executado pela arquiteta Carina Korman, o material foi precioso na concepção da estrutura do mezanino que abriga o dormitório e a escada com piso de madeira | Projeto do escritório Korman Arquitetos | Foto: JP Image

Tradicionalmente associada ao estilo industrial, a serralheria tem quebrado barreiras, principalmente como tendência que se efetivou a partir do uso hábil e criativo do metal que, por sua vez, tem conquistado novos significados dentro da arquitetura de interiores. No entanto, como tudo em excesso gera prejuízo, as arquitetas Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos asseguram que, para endossar o seu potencial nos projetos, é preciso garantir que ela seja empregada de forma eficaz e estéticamente agradável.

A utilização inadequada da serralheria resulta em uma série de problemas e desafios que vão desde as questões estéticas, de segurança e funcionalidade. É preciso pensar em soluções inteligentes que adequem o material ao estilo da residência, dimensionar corretamente e atender aos requisitos que protegem os usuários”, explicam as arquitetas.

Tendência atemporal

A serralheria é um elemento que evoluiu gradualmente ao longo dos anos até o reconhecimento firmado na atualidade. Desde o século XIX, na Era Vitoriana, o material já era visto tanto em casas quanto em castelos europeus e peças de mobiliário com intrincados desenhos de ferro forjado. Mais tarde, quando nasceu a arquitetura Art Nouveau, a serralheria tornou-se parte do movimento artístico e se fez presente em portões, grades e luminárias projetadas com padrões florais e linhas sinuosas.

Tendência dentro de tendência: O uso de perfis metálicos minimalistas, designs modulares e a incorporação de tecnologia nas estruturas metálicas, é marca registrada desse chalé executado pelo escritório Korman Arquitetos nesse chalé localizado em Campos do Jordão | Foto: Gui Morelli

Mas a sua principal fama ficou marcada no século XX, quando fábricas e armazéns foram transformados em residências que apresentavam elementos de serralheria como dutos de ar, estruturas metálicas aparentes e móveis com uma aparência ‘rústica’ de metal e madeira em seu interior. Batizado de estilo industrial, essa estética ganhou o apreço de muitos por conta de sua estética e funcionalidade.

Hoje, Carina conta que ele segue imponente na arquitetura contemporânea. “Seu design diferenciado é visto em corrimãos, móveis, luminárias, prateleiras, portas de correr e até divisórias. Essas aplicações modernas se sobressaem pela inovação e criatividade que ele nos propicia”.

Versatilidade

Sua flexibilidade é uma característica notável em função da capacidade de atender uma ampla gama de estilos, funções e necessidades – não apenas para ambientes internos, como externos. “Combinamos a  serralheria como uma gama de materiais como vidro, madeira e concreto, criando um contraste visual interessante que concede uma integração harmoniosa em ambientes diversos. Ele pode ser moldado para oferecer linhas simples e elegantes para projetos modernos e minimalistas ou ornamentos intrincados que complementam aspectos mais tradicionais”, ressalta Ieda Korman.

Além disso, não se limita apenas a elementos estruturais, mas também desempenha um papel fundamental na resolução de detalhes decorativos com essência única. A arquiteta também avalia que a serralheria segue em plena adaptação à era de tecnologia e a automação inteligente da iluminação e sistemas de segurança.

Nesse projeto executado pela arquiteta Carina Korman, uma composição única: parede de concreto, quadro de Urban Art e, para completar, o suporte de ferro que acolhe mantinhas destinadas para aquecer o friozinho da noite no sofá | Projeto do escritório Korman Arquitetos | Foto: JP Image

Pense maior!

Diante do medo de ousar, pense no maior ícone da serralheria mundial: a Torre Eiffel, em Paris. O engenheiro Gustave Eiffel foi o responsável por demonstrar a versatilidade e a beleza do metal em uma arquitetura de alto nível.

Com aparência moderna e estilosa, a combinação entre a marcenaria e a serralheria conferiu um ar diferenciado para o pé-direito duplo desse loft. A estante valorizou a altura do ambiente para a distribuição dos objetos decorativos | Projeto Korman Arquitetos | Foto: Eduardo Pozella

Importância do material

Na construção de um projeto, é preciso ter certeza sobre as escalas e proporções adequadas em relação ao local que a serralheria ocupará. “Itens muito pequenos podem parecer desproporcionais, enquanto os demasiadamente grandes sobrecarregam a estrutura”, alerta Carina. De acordo com ela, após as medições, o próximo passo é escolher o material certo que compreende minérios como o  ferro, aço inoxidável, alumínio e bronze – cada um com especificidades únicas relacionadas à durabilidade, aparência e resistência à corrosão.

Elementos de serralheria demandam manutenção específica por meio de protetores adequados, bem como cuidados regulares para evitar o processo corrosivo | Projeto do escritório Korman Arquitetos | Foto: Eduardo Pozella

Quando expostas às intempéries naturais, é mandatório observar as vedações necessárias – caso das cercas e portões de casas ou indústrias, áreas da piscina e grades de janelas.

Manutenção

O prolongamento da vida útil inclui a inspeção para detectar sinais de corrosão, rachaduras ou desgaste e a aplicação de revestimentos protetores como tintas anticorrosivas. Além disso, a lubrificação de peças como dobradiças e trincos é crucial para garantir o funcionamento suave e a longevidade. “Quando não é realizada, além da corrosão, a serralheria pode sofrer com o desgaste e os danos com a aparência”, orienta Carina.

Em mais esse loft realizado pela arquiteta Carina Korman, a serralheria possibilitou a construção do mezanino, onde está localizado o dormitório | Projeto do escritório Korman Arquitetos | Foto: JP Image

Quando não usar?

Embora a serralheria sempre seja uma decisão bastante segura, sua aplicação dependerá da finalidade do projeto e condições ambientais e orçamentárias, entre outras questões. As arquitetas ainda discorrem sobre outros pontos:

  • Necessidade de isolamento: A serralheria, por si só, não oferece bons níveis de isolamento térmico e acústico.
  • Projetos com elementos orgânicos: Por sua imobilidade, é frequentemente associada às formas geométricas rígidas. Assim sendo, caso o projeto esteja associado com curvas e traços orgânicos, concreto moldado e fibra de vidro possibilitam melhores resultados.
  • Restrições: Algumas áreas podem ter regulamentações capazes de restringir ou proibir o uso de serralheria em determinados contextos. Assim, é importante consultar as autoridades locais e estar ciente das regulamentações antes de sua adoção.

Korman Arquitetos

Rua Groenlândia, 1877, Jardim América, São Paulo

Tel.: (11) 3060-8313

www.kormanarquitetos.com.br 

@kormanarquitetos

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