Sonorização de ambientes: veja as vantagens de apostar em um bom projeto de som

Paisagista Mônica Costa conta sua experiência de sonorização personalizada no projeto Caminhos do Xingu, na CASACOR SP 2024

A paisagista Mônica Costa é comprometida em transformar espaços urbanos em ambientes mais verdes, saudáveis e acolhedores, utilizando muitos sons da natureza | Foto: Keniche Santos.

O som tem o poder de afetar a experiência humana de diferentes formas. Assim como um local barulhento pode se tornar uma tortura, o projeto ideal para cada proposta se transforma em uma poderosa ferramenta de cura e bem-estar emocional. Além disso, pode ser a chave para direcionar o posicionamento de uma marca.

Para a paisagista Mônica Costa, em um mundo onde a saúde mental é cada vez mais desafiada, o som desempenha um papel fundamental no processo de autoconhecimento e reflexão. “Ambientes sonorizados podem proporcionar um refúgio para a mente, promovendo a calma e o equilíbrio emocional tão necessários nos dias de hoje”.

Essa foi a inspiração da profissional em seu projeto Caminhos do Xingu, na CASACOR São Paulo 2024, que acontece no Conjunto Nacional. A principal e mais completa mostra do segmento de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores das Américas recepciona seus visitantes com a visão do jardim de contemplação, de 265 m², marcado pelo projeto de som com trilha sonora autoral, assinada pela SoulPlay.

Os sons da natureza, reunidos com referências aos povos nativos da floresta, amplificados por meio de caixas expostas no estilo de Milão, foram meticulosamente estudados com a proposta de criar sintonia com o jardim. O sound system tem moldura em madeira de demolição com arte em fogo e caixas de som pretas, desenvolvidas em colaboração com o Ateliê Curupira.

A trilha foi remixada por Rafael Pucci e inspirada nas músicas do documentário “Xingu Terra” e do longa “Xingu”, de Beto Vilares, com intenção de proporcionar uma experiência auditiva que gera harmonia e conexão dos visitantes com a história e a cultura da região do Xingu, proporcionando uma imersão autêntica.

Neste caminho de integrar a potência sonora aos ambientes, lojas, shoppings centers, academias, supermercados, clínicas e outros estabelecimentos têm apostado nessa estratégia para atingir objetivos específicos, sempre atrelados à experiência sensorial. “Os gestores têm percebido cada vez mais a importância e os resultados positivos para as vendas e para o fortalecimento da empresa”, explica Mônica.

A paisagista explica que existem várias formas de usar o som em favor do projeto. Os sons naturais como o barulho do vento nas folhas, o canto dos pássaros e outros elementos da natureza, também podem ser usado para desempenhar um papel vital no bem-estar da sociedade moderna. É o caso de rooftops abertos, jardins em espaços pequenos, varandas planejadas com paisagismo, entre outras possibilidades. “Esses sons têm o poder de nos conectar com o ambiente ao nosso redor, proporcionando uma sensação de calma e tranquilidade em meio ao frenesi da vida urbana”, analisa.

Mônica Costa optou por colocar as caixas de som em molduras de madeira expostas no estilo de Milão | Foto: Keniche Santos

O Sound Healing, uma prática que utiliza o poder dos sons para promover o equilíbrio e a cura, também desempenha um papel importante nesse contexto. Pioneiros como Leo Trujillo no Brasil têm mostrado como o som pode ser uma ferramenta eficaz para aliviar o estresse, reduzir a ansiedade e promover o bem-estar físico e emocional.

“Ao reconhecer a importância dos sons naturais e do Sound Healing, podemos criar espaços e experiências que não apenas agradam os ouvidos, mas também nutrem a mente, o corpo e a alma, promovendo um estilo de vida mais equilibrado e saudável para todos”, finaliza Mônica.

 

 

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